Adote um bichinho
Projeto Voluntário alimenta e cuida de animais de rua
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
O Projeto Voluntário Cãopanha foi criado em abril de 2019 por quatro mulheres que renunciaram ao tempo livre para dedicar à causa de proteção animal. As integrantes iam às ruas empunhando as rações doadas e distribuindo aos animais necessitados. Hoje, Uruguaiana conta com 27 pontos de alimentação com comedouros e bebedouros fixos em pontos estratégicos da cidade, onde há maior circulação de animais. Com o auxílio de empresas e apoiadores também foi possível expandir a instalação dos comedouros para quatro pontos em Sant'ana do Livramento e já foram efetivadas 39 adoções.
A idealizadora do projeto, Isabeli Vargas, tinha a intenção de distribuir rações aos animais necessitados. Aos poucos, novas integrantes foram aderindo ao projeto. Drielly Delgado criou um perfil no Instagram para divulgar a ação nas redes sociais. Sheila Oliveira se uniu à dupla, com a ideia inovadora de instalar comedouros pela cidade. Nathalia Jardim apoiou a solicitação da criação da Cãopanha à Secretaria do Meio Ambiente. Atualmente, contam com mais três pessoas que se voluntariaram para ajudar e fornecer lar temporário.
O projeto criou uma vaquinha online e disponibiliza contas bancárias para que pessoas se tornem mantenedores da iniciativa. Todo o dinheiro recebido vai para os animais, seja para tratamento, rações ou medicamentos.
Segundo Sheila Oliveira, no momento a Cãopanha possui apenas R$3500,00 para realizar 17 castrações pendentes. De acordo com ela "o gasto com o tratamento dos animais depende da situação que ele é encontrado. Para os felinos, gira em torno de R$500,00 caso não necessite internação. Esse valor engloba vacinação, exames, ração, areia de gato e demais necessidades". Para os cachorros o gasto é maior: "já gastamos de R$300,00 a dois mil reais com os cães resgatados".
A ideia dos comedores, apesar de inovadora, tem um alto custo de manutenção. Em média, são gastos 120kg de ração a cada mês para o abastecimento do local. A campanha sobrevive com as doações fornecidas pelos apoiadores da causa, através de rifas e eventos para o público em tempos anteriores à pandemia. Além disso, o projeto possui um brechó virtual, onde são comercializados roupas e acessórios.
De tempos em tempos são feitos mutirões para analisar possíveis locais para novos comedouros e alimentar e medicar os animais de rua. São aplicados vermífugos, vitamina para os cães anêmicos e medicamentos contra sarna. Alguns animais que se encontram em estado debilitado são resgatados para que os cuidados necessários sejam providenciados. Estes animais são levados pela equipe a uma clínica veterinária parceira do projeto. Como a campanha é voluntária, os custos de tratamento para esses casos possuem um valor especial. Após a recuperação, é realizada a castração em outra clínica específica.
Normalmente, o resgate é feito em pequena escala por ser uma tarefa delicada. São pegos das ruas dois cães e dois gatos por vez para que seja possível concluir o tratamento, a castração e sucessivamente providenciar uma adoção. O projeto ainda não possui recursos para construir um canil. Sendo assim, todos os animais são levados aos lares temporários para uma posterior adoção.
Até o momento, 39 animais já foram adotados e a maior parte dos casos foi bem-sucedida. Antes da adoção, a equipe faz uma entrevista com o candidato para as devidas explicações. Sendo assim, é assinado um termo de compromisso do adotante com o animal com o propósito de se responsabilizar por todas as necessidades. Caso sejam identificados maus tratos, o projeto recolhe o animal e inicia um novo processo para adoção.
Este é um projeto independente, uma vez que não há ligação com nenhuma ONG ou instituição do município. Aos que desejarem contribuir com o projeto de alguma forma, basta entrar em contato com as fundadoras através do e-mail sheilaoliveira1999@outlook.com que também é a chave para transferências via PIX.
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