Na pandemia
Uruguaiana teve mais de 200 crianças sem o nome paterno
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Dados inéditos levantados pelo Portal dos Cartórios de Registro Civil do Brasil apontam que, nos quase dois anos completos de pandemia, mais de 200 crianças em Uruguaiana foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento. O número, que representa 9% dos recém-nascidos uruguaianenses, ganha ainda mais relevância quando os últimos dois anos apontaram a menor quantidade de nascimentos no município.
Os dados constam nos dois novos módulos - "Pais Ausentes" e "Reconhecimento de Paternidade" - que acabam de ser lançados no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/), plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os dados referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, distribuídos em todos os municípios e distritos do país.
Em números absolutos, 285 recém-nascidos em 2020 e 2021 foram registrados com apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento, sendo 144 no primeiro ano de pandemia, e 141 no segundo ano. Os recordes são verificados justamente nos anos em que houveram os menores números de nascimentos desde o início da série histórica dos Cartórios, em 2003, totalizando 1.615 registros em 2020 e 1.635 em 2021. "Além de disponibilizar ao cidadão informações e dados estatísticos sobre nascimentos, casamentos e óbitos, e relacionados à Covid-19, agora o Portal da Transparência do Registro Civil contribui para os dados de mães solo e reconhecimento de paternidade em todo o País, sendo de grande importância para estimar a quantidade de crianças sem o registro do pai, e os pais que não reconheceram seus filhos no ato do registro", destaca o presidente da Arpen/RS, Sidnei Hofer Birmann.
Rio Grande do Sul
Já no RS, os dados levantados pelos Cartórios de Registro Civil do país apontam que, nos quase dois anos completos de pandemia, mais de 14 mil crianças no Rio Grande do Sul foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento. O número, que representa 5% dos recém-nascidos gaúchos, ganha ainda mais relevância quando os últimos dois anos apontaram a menor quantidade de nascimentos no Estado. Já os reconhecimentos de paternidade aumentaram mais de 260% quando comparados a 2019, último ano antes da chegada da Covid-19.
Em números absolutos, 14.690 recém-nascidos em 2020 e 2021 foram registrados com apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento, sendo 7.508 no primeiro ano de pandemia, e 7.182 mil no segundo ano. Os recordes são verificados justamente nos anos em que houveram os menores números de nascimentos desde o início da série histórica dos Cartórios, em 2003, totalizando 131.626 registros em 2020 e 126.472 em 2021.
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