Máster 55 e Liga da Primavera retomam jogos neste fim de semana
ABRIL
Indicadores de violência doméstica aumentaram em Uruguaiana

- 71-Aumento no número de ocorrências, isoladamente, não significa aumento da violência doméstica, mas pode mostrar maior número de vítimas procurando ajuda
Ao contrário do que ocorreu no mês de abril de 2022, quando o município de Uruguaiana registrou um feminicídio, neste ano, o quarto mês do ano não teve assassinatos em razão de gênero. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
Em nível estadual o cenário também é foi de queda neste crime. O Rio Grande do Sul registrou o menor número da série histórica para o mês de abril, igualando a marca de 2012, quando o crime passou a ser computado. No último mês foram cinco casos, contra dez em igual período de 2022, totalizando uma queda de 50%. No acumulado de janeiro a abril, a redução foi de 23,7%. No primeiro quadrimestre, foram 29 ocorrências contra 38 no mesmo período do ano passado.
No entanto, Uruguaiana teve um aumento nos demais indicadores criminais utilizados pela Secretaria de Segurança Pública para mapear a violência doméstica, especialmente os casos de estupro. Enquanto abril de 2022 não registrou nenhum crime desta natureza, neste ano foram três ocorrências registradas. Já os crimes de ameaça aumentaram 40,7%, passando de 27 ocorrências em 2022 para 38 neste ano. E as lesões corporais aumentaram 26,3%, passando de 19 casos no ano passado, para 24 casos registrados em abril de 2023.
No entanto, isoladamente, o aumento no número de ocorrências registradas não significa aumento da violência doméstica no município. A delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Caroline Huber, lembra que há um aspecto positivo nisso, considerando a subnotificação que sabidamente existe. “Pode significar que um número maior de mulheres buscou ajuda, foram à Delegacia de Polícia e efetuaram o registro policial. É possível que este aumento seja porque as vítimas estão denunciando mais”, ressalta.
Ela aproveita para incentivar as mulheres vítimas de abusos a procurar ajuda. “Sempre digo que o ideal seria não termos registros em razão dos fatos não acontecerem, mas ainda estamos longe desse ideal. No momento o importante é as mulheres procurarem ajuda e não deixarem de registar ocorrência”, ressalta.
Deixe seu comentário