Covid-19 + Economia
Governo apresenta distanciamento social controlado
Foi apresentado na terça-feira, 21/4, o modelo do distanciamento social controlado que deve ser adotado no Rio Grande do Sul a partir de maio. De acordo com o governador Eduardo Leite (PSDB), não se trata de uma flexibilização aleatória, abertura desordenada ou volta à normalidade e que o vírus "não está indo embora".
O Governador diz que a mudança leva em conta as informações sobre o comportamento do vírus e uma base de dados abrangente, que inclui resultados da pesquisa que vem sendo aplicada no Estado - inclusive em Uruguaiana - pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e as informações do novo sistema de controle de leitos, que monitora 300 hospitais gaúchos em tempo real.
De acordo com o Piratini, 40 dias após o registro do primeiro caso de Covid-19 no RS e de uma primeira fase de combate com medidas restritivas uniformes, agora, as restrições serão apli-cadas conforme a região e setor econômico, porque "as regiões do Estado apresentam dife-rentes velocidades de transmissão e contam com estruturas diferenciadas de atendimento". O nível de distanciamento será controlado pela capacidade de resposta de saúde e pelo comportamento da pandemia no território. Divididas em níveis de risco - baixo, médio/baixo, médio e alto -, a capacidade de resposta será constantemente monitorada, podendo ser alterada conforme a evolução de casos.
Para Leite, a medida demostra que o Estado está focado na preservação de vidas, mas não deixa de lado a preocupação com a economia, afetada pela pandemia. As restrições serão estabelecidas de maneira específica para cada setor econômico, levando em consideração os riscos de transmissão impostos pela atividade e a importância econômica de cada um, dividi-dos em seis grupos: varejo (vestuário, informática etc.), construção, indústria/agricultura, eventos, serviços essenciais e educação. "Estamos fazendo um esforço para que tenhamos um modelo de distanciamento que seja mais sustentável. Uma vez que conviveremos com esse vírus por um longo período, precisamos dessa sustentabilidade que permita que consi-gamos proteger a vida e, de outro lado, mantermos a atividade econômica, gerando riqueza. Esse é o equilíbrio que buscamos, que só é possível porque, agora, temos mais dados e in-formações", disse Leite.
Por fim, o Executivo definirá protocolos a serem respeitados pelos municípios e pelos dife-rentes setores econômicos. As medidas incluem o que vem sendo adotado até agora - dis-tanciamento entre as pessoas, hábitos de higiene, restrição de horários e revezamento de pessoal -, mas novas obrigações terão de ser adotadas.
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