Após o aumento no número de casos de Coronavírus no Rio Grande do Sul, aumento de internações em UTIs por Covid-19, e de uma série de mudanças no sistema de Distanciamento Controlado, o governador Eduardo Leite (PSDB) divulgou um pronunciamento em vídeo na manhã de desta quinta-feira, 2/7, pedindo para que os gaúchos mantenham as medidas impostas pelo sistema, reforcem as ações de prevenção à doença e afirmando - mais uma vez - que os próximos 15 dias serão críticos para o Estado no que tange a pandemia. 

Ele informou a chegada de um período mais duro no combate à pandemia de Covid-19 por conta da presença do frio e da sobrecarga que a condição climática provoca no sistema de saúde. "Os próximos 15 dias vão ser cruciais. O apelo não é só meu, mas é de todos que pensam e que agem com racionalidade. Nos próximos 15 dias fique em casa, lave as mãos, use máscara e respeite os protocolos. Faça a sua parte porque especialmente numa pandemia, em que um vírus circula sem encontrar barreiras, um governo não governa sozinho", disse o governador. 

Leite apresentou um discurso bem ensaiado e uma interpretação emotiva, citou os 600 mortos gaúchos de forma muito bem arquitetada. Embora o tema seja sério, preocupante e o pedido do governador legítimo, o alerta é o mesmo dado em outra ocasião, a cerca de 15 dias atrás. O discurso serviu mais para defender as medidas tomadas por sua gestão, com direito a estimativa de quantas vidas foram salvas com o Distanciamento Controlado, e em um momento em que o sistema vem sendo criticado e passa por mudanças que gestores e especialistas em saúde consideram como 'reconhecimento dos erros' cometidos até o momento. 

Ele encerrou dizendo da necessidade de a população adotar nos próximos 15 dias os níveis de isolamento mostrados no início do mês de abril. "Eu sei, estamos todos cansados porque somos todos seres humanos, mas não é hora de desistir, pelo contrário. Diante deste momento mais crítico, a nossa melhor resposta ainda é a persistência. Não é momento de pensar só em si, é necessário coerência. A doença circula da mesma forma por todos os lugares, ela não escolhe pessoa, renda, idade ou atividade. Pressões de setores não vão alterar a lógica das decisões de governo que são tomadas para salvaguardar o interesse comum e coletivo", disse.