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geração de energia

Termelétrica é vendida novamente

A Âmbar Energia, do Grupo J&F, comprou a Central Térmica Uruguaiana (CTU), antiga AES Uruguaiana. A usina havia sido vendida, em setembro passado, pelo grupo norte-americano AES para a empresa argentina Saesa Enegía. O anúncio da nova venda foi feito nesta quarta-feira, 16/6, mas o valor da negociação não foi divulgado pelas companhias.

Após a aquisição pela Saesa, a expectativa era de que a produção de energia para a rede elétrica brasileira fosse retomada a partir de fevereiro deste ano, porém, o funcionamento ocorreu por poucos dias. À época o presidente da Saesa, Juan Bosch, disse que a planta iniciou as ações para comissionamento (processo que tem como objetivo verificar o funcionamento adequado da unidade) em 14 de fevereiro e que, como a planta estava há cerca de cinco anos parada era necessário realizar alguns protocolos de segurança. Acontece que durante os testes, segundo ele, foi observada a necessidade de atualização de questões operacionais em uma subestação de energia e a meta era trabalhar para retomar as medidas de comissionamento o mais rapidamente possível. Ele não se manifestou sobre os rumores de que o não funcionamento ocorrera por falta de gás natural para operar.

A falta de gás natural, aliás, assombra a estrutura. A usina não produz energia de forma contínua desde 2009 devido a dificuldades de oferta do suprimento proveniente da Argentina. A geração da térmica foi retomada, em caráter emergencial, em 2013, 2014 e 2015, por períodos temporários. O complexo foi o primeiro a operar com gás natural no Brasil, iniciando suas atividades em 2000.

Retomada da operação

No entanto, a Âmbar Energia pretende retomar a produção e breve. Em nota, a empresa disse que "equipes já trabalham para que a usina entre em operação o mais rápido possível, colaborando para a segurança energética do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante o período crítico de escassez hídrica no Brasil". Não foi anunciada uma data exata para a retomada da operação comercial do complexo.

A retomada da geração pela CTU agrega 640 megawatts (MW) de capacidade à matriz elétrica brasileira (o que corresponde a cerca de 15% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul). Já o potencial de geração da Âmbar atinge 1,16 gigawatt (GW). "A retomada das operações da Central Térmica Uruguaiana fortalece a integração elétrica da América do Sul e o comércio regional de gás natural", afirma o presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta. A empresa já possui uma termelétrica a gás natural de 480 MW, em Cuiabá, 645 quilômetros de gasodutos, duas linhas de transmissão, uma comercializadora e uma companhia de soluções em gestão e eficiência energética.

Além da aquisição da CTU, a nova dona está realizando outros investimentos em geração de energia, como de fontes solar e eólica. Nos próximos 12 meses, a companhia vai investir R$ 150 milhões na construção de pequenas usinas fotovoltaicas pelo Brasil para atender demandas já contratadas por clientes.

Atualmente, a Âmbar opera em todo o ciclo energético, da geração à comercialização. A empresa possui a Usina Termelétrica de Cuiabá, 645 quilômetros de gasodutos, duas linhas de transmissão, uma comercializadora de energia e gás natural e uma empresa de gestão e eficiência energética.

A Âmbar é uma empresa da J&F Investimentos, que tem sob seu controle a JBS, PicPay, Banco Original, Eldorado Brasil Celulose, Flora Cosméticos e Limpeza e Canal Rural.


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