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NEM NEM

Cerca de 10% dos jovens do RS não estudam nem trabalham

Ilustração/Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Mesmo com o número alarmante, o estado tem o terceiro menor percentual

Esse grupo representa um número equivalente ao de um município grande e supera a população de 98% das cidades do estado

 
Uma pesquisa do Observatório Juventudes e do Data Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), revela que cerca de 229 mil jovens no Rio Grande do Sul, entre 15 e 29 anos, estão fora da escola e do mercado de trabalho. Esse grupo, conhecido como "nem-nem", representa um número equivalente ao de um município grande e supera a população de 98% das cidades do estado.

 
O estudo, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (PNADc) até 2023, mostra que a taxa de jovens sem atividades está em 10%, o que é inferior à média nacional, mas preocupante devido às desigualdades regionais. O índice é particularmente elevado entre pobres, negros e mulheres, exacerbando desigualdades sociais.

 
Comparado a anos anteriores, o cenário não apresentou grandes mudanças desde 2012, com pequenas variações. O sociólogo André Salata destaca que as dificuldades enfrentadas pelos jovens são mais acentuadas em famílias de baixa renda, onde a falta de recursos pode levar ao abandono escolar e à dificuldade em encontrar emprego.

 
O próximo Boletim Juventudes, a ser divulgado na semana do Dia Internacional da Juventude, revelará que a taxa de "nem-nem" é sete vezes maior entre os 20% mais pobres comparado aos mais ricos, e também mais alta entre mulheres e negros. Adicionalmente, o percentual de adolescentes de 15 a 17 anos que trabalham sem estudar aumentou de 2,1% para 6,3% de 2021 para 2023, refletindo as mudanças econômicas pós-pandemia.

 
Patrícia Espíndola Teixeira, coordenadora do Observatório Juventudes, critica a visão de que a falta de engajamento dos jovens se deve a uma "fraqueza" geracional. Ela atribui o problema ao descumprimento de políticas públicas e defende a necessidade de garantir acesso à educação, segurança e outros direitos básicos para melhorar a situação. Ela destaca que 27,6% dos adolescentes de 15 a 17 anos conciliam trabalho e estudo, o que representa um desafio para a gestão pública.

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