O Concurso Nacional Unificado foi adiado em todo o Brasil, devido às fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada em um comunicado oficial do governo federal através do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta e da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. 

De acordo com Paulo Pimenta, ainda não há previsão para uma nova data. "A nova data será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional", afirmou. 

Esther Dweck disse que as provas devem ser recentralizadas. A ideia é que os exames que estavam sendo distribuídos pelo país sejam usados para quando o "Enem dos concursos" for remarcado. "As provas já estavam nos estados, nas capitais. Elas estavam começando o processo, desde quinta-feira, 2/5, e interiorização nos estados. Já tinham chegado a 65% das provas. Elas estavam sendo entregues pelos Correios com escolta da PRF, também da Força Nacional", diz a ministra. 

Cerca de seis mil candidatos do concurso no estado estão, no momento, em municípios que decretaram situação de emergência ou sem acesso às cidades onde haveria prova. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu chamar os ministros Esther Dweck (MGI) e Paulo Pimenta (Secom) no Palácio do Planalto para deliberar sobre o adiamento do Concurso Unificado. O anúncio deverá ser feito após a reunião. 

A medida ocorre em meio à devastação no RS, causada pelas enchentes. Até o momento, foram registradas mais de 37 mortes e, ao menos, 74 pessoas desaparecidas e 74 feridas. Conforme dados da Defesa Civil, há quatro dias, as chuvas no estado atingiram pelo menos 235 cidades gaúchas e mais de 25 mil pessoas estão fora de casa devido aos temporais. 

Dos 96 592 mil inscritos para a prova no Rio Grande do Sul, mais de nove mil indicaram Santa Maria para realizar o exame, uma das principais cidades afetadas pelas fortes chuvas. Toda a região em volta do município foi atingida pelo temporal, que provocou também bloqueios de muitas estradas. 

Inicialmente, a decisão do Ministério da Gestão, órgão responsável pela organização do certame, era de manter o concurso. No entanto, candidatos, moradores do estado e políticos sustentaram a necessidade de adiar o exame.