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Cátia Liczbinski

Big Brother: reflexões e aprendizados para a vida pessoal e empresarial

imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Cátia Liczbinski

A situação de confinamento de pessoas apresentada no programa Big Brother Brasil, além de entretenimento, possibilita reflexões no âmbito pessoal e empresarial.

No pessoal, as relações das pessoas envolvidas trazem problemas do cotidiano social, comunicação, e comportamento. No aspecto empresarial além das relações sociais, se tem os objetivos e projetos comuns para o andamento da empresa.

A pessoa ao se dispor a participar desse reality se expõe, tendo o seu direito à intimidade e privacidade relativizado, cercada por câmeras e pessoas que não conhece. Isso também acontece no dia a dia das pessoas quando passam a pertencer a espaços sociais como salas de aula, empresas, grupos, onde mesmo que sem câmeras o contato social é desafiador. As crises e diferenças aparecem e exigem  controle das emoções e adaptações.

A prática do networking está presente, as alianças são importantes estrategicamente, dentro do jogo, como  também na nossa vida. É importante uma boa rede de relacionamentos para favorecer a comunicação, ajudar a resolver problemas, gerar novas oportunidades de trabalho e negócio, além, da relação em si, pois somos seres sociais e sobrevivemos baseados em sociedades complexas.

Um problema observado é a conquista da liderança, que dá privilégios, mas nem sempre significa a liderança nata, podendo ser exercida por quem trabalha mas não tem a função. A liderança faz parte da essência da pessoa. O líder verdadeiro é aquele que tem a capacidade de interceder na maneira das pessoas pensarem e agirem sem impor somente a sua vontade.

Outro aspecto é a capacidade de se trabalhar em equipe, as conquistas, a sobrevivência  dependem dessa interação, todas habilidades almejadas pelas empresas. No reality, por exemplo, está presente nas duplas ou grupos que cumprem provas de resistência, no compartilhamento de mantimentos e estalecas para abastecer a despensa com alimentos, principalmente na xepa - equipe em que os brothers e sisters pagam mais caro para comprar alimentos.

Trabalhar em equipe requer habilidades como: empatia; liderança; escuta ativa - compreender o que está por trás daquilo que ouvimos; comunicação - clara e não violenta das ações; flexibilidade - novas formas de agir. Todas estas habilidades são importantes na vida cotidiana e empresarial, e o programa imita situações reais. Muitas vezes também nos “jogos da discórdia” exigem-se escolhas rápidas e difíceis, questões que ocorrem no cotidiano.

Embora no setor empresarial exista uma maior técnica para obtenção dos resultados específicos, como metas, observa-se cada vez mais uma disponibilidade de tempo e envolvimento maior o que reflete nas emoções. Isso é algo inevitável e inerente à natureza humana. Na vida profissional real, a solução mais adequada é a prevenção, com o máximo de informações possíveis, conhecer com antecedência as possibilidades para a melhor decisão.  Aliado a isso, praticar o autoconhecimento e o autocontrole emocional é necessário para qualquer atividade que envolva pessoas, incluindo o mundo corporativo.

Embora o reality show BBB, não tenha a finalidade específica da reflexão em relação às relações sociais e a aplicabilidade no setor empresarial, ele apresenta a oportunidade para o público aprender e desconstruir tabus e preconceitos, como questões raciais, de gênero e de sexualidade o que pode ser refletido e aplicado entre os colegas de trabalho dentro da empresa, para evitar preconceitos e desigualdade, com o intuito de melhorar a performance de todos e alcançar resultados positivos.

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