Brincar faz parte do desenvolvimento da criança, por isso, na Educação Infantil brincadeiras dirigidas estão nas rotinas de aprendizagens. Para Lev Vygotsk "ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade." Portanto, brincar é aprender. 

     Hoje em dia os espaços que as crianças têm para brincar estão limitados às escolas, condomínios, clubes, e em poucos bairros nas ruas. Porém, muitas vezes a comodidade e o silêncio que o celular e a televisão proporcionam, revelam uma falsa imagem que os filhos estão seguros. E quando se deparam com a realidade, como no ambiente escolar, apresentam dificuldades de interação e aceitar regras. Com esses equipamentos eletrônicos encontramos comodidade, mas deixamos que nossos filhos abram mão de vivenciarem novas experiências, eles ficam presos a essas máquinas e não entendem a importância da convivência, da troca, do diálogo e das atividades físicas.  

A super proteção também é prejudicial, porque gera insegurança na criança, limita seu relacionamento com outros colegas e novas vivências, atrasando o desenvolvimento de sua autonomia. Por incrível que pareça, ainda encontramos em algumas escolas mães ou responsáveis que fazem questão de querer dar uma “espiadela” no recreio do filho, pensando em proteger acaba por podar a oportunidade da criança em ser ela mesma, superar limites e medos e principalmente, saber brincar com outras crianças diferentes dela. 

     Com a vida tão corrida, as crianças acabam por estar tão estressadas quanto nós, e passar medo e insegurança elas só atrasa o processo de desenvolvimento de suas aprendizagens. Incentive o brincar, o movimento a interação. Limite horários para o uso das tecnologias, e aumente os de brincadeiras livres cheias de movimentos, de preferência com outras crianças. A infância passa tão rápida, e o tempo de brincar também.  

Pense nisso!