O Aedes aegypti, popularmente conhecido por mosquito da dengue, não deu folga para Uruguaiana em 2024. Passada a primeira quinzena de janeiro de 2025, ainda temos 17 casos em investigação, todos de 2024.

Ao longo de 2024 foram notificados 940 possíveis casos em Uruguaiana. Desses, 411 foram confirmados e 510 descartados. 2 foram inconclusivos e 17 continuam sob investigação. Dos 411 confirmados, 177 foram casos autóctones, ou seja, foram adquiridos aqui mesmo no município.

Já na região que compreende os 11 municípios da 10ª Coordenadoria Regional de Saúde, sediada em Alegrete, foram 3378 notificações, tendo sido 696 confirmados e 2602 descartados. Houve, ainda, 47 inconclusivos e 33 seguem sob investigação. Dos 696 confirmados, 396 foram casos autóctones, ou adquiridos na própria região. Na região da 10ª CRS houve 2 óbitos em 2024, de um homem e uma mulher, ambos brancos, um com idade entre 60 e 69 anos e o outro maior que 80.

É importante notar que, dos 696 casos confirmados na região da 10ª CRS, 670 se deram até a metade do ano, ou 26ª semana epidemiológica. Isso se deu porque a proliferação dos mosquitos é facilitada pelo calor do verão e pela umidade do começo do inverno. Por isso, nessa época é necessária a conscientização de todos para evitar o acúmulo de água em vasilhames, pneus, latas e vasos de plantas. Além da conscientização, é importante que haja a fiscalização e cobrança de vizinhos entre si, haja vista a possível mobilidade dos mosquitos em várias dezenas de metros.

Vigilância

O setor de Vigilância Ambiental em Saúde (Viam) de Uruguaiana realizou em 2024 quatro Levantamentos Rápidos de Índices do Aedes aegypti (LIRAa) nos meses de janeiro, maio, agosto e outubro. O objetivo da ação é monitorar a infestação do mosquito transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya, Zika Vírus e Febre Amarela Urbana (arboviroses), concedendo ao município um índice de infestação que ajuda a guiar as ações de combate e prevenção. Ao longo do ano, os agentes de combate às endemias inspecionaram 8 846 imóveis em todo o município. 

Durante as inspeções, foram identificados 601 focos de Aedes aegypti em diferentes tipos de criadouros. Os dados reforçam a necessidade de manter ações constantes de combate ao mosquito e de engajar a população na eliminação de recipientes que possam acumular água. Apesar dos avanços, especialmente no segundo semestre, o município permanece em alerta para reduzir os riscos de epidemias de arboviroses.

Um novo levantamento – o primeiro de 2025 – está em andamento e deverá ter seus dados conhecidos nos próximos dias.

Sintomas

Os sintomas da dengue são inespecíficos, ou seja, podem ser confundidos com outros quadros virais, como gripe e resfriado. Por isso, é indispensável estar atento, especialmente porque a doença pode evoluir para casos graves, com risco de hemorragia ou choque. É importante procurar assistência médica imediatamente se os sintomas se intensificarem ou aparecerem novos. 

Os sintomas principais são febre alta, acima de 38,5°C; dor muscular intensa; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo; dor ao movimentar os olhos; falta de apetite. Outros sintomas são considerados de alerta, como dor abdominal intensa; vômitos persistentes; respiração ofegante; sangramento de mucosas; fadiga; vômito de sangue; desidratação e sensação de boca seca; pele pálida.