Os efeitos do temporal que atingiu Uruguaiana na última segunda-feira, 25/4, e deixou 34 mil pessoas sem luz, ainda são percebidos pelos uruguaianenses. Segundo a Rio Grande Energia (RGE), concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica no município, cerca de 200 clientes ainda estão sem o fornecimento de eletricidade.

De acordo com o diretor do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), André Rispoli, até a tarde desta sexta-feira, 29/4, 11 pessoas já realizaram denúncias pela falta de luz nos bairros Santo Antônio, Cibrazém, Cidade Alegria, Santo Inácio. "Comparando com o número total de habitantes é uma representação muito baixa, por isso é importante que as pessoas compareçam para abrir reclamações", afirma Rispoli.

Segundo ele, a RGE foi notificada na segunda-feira e, na terça-feira, 26/4, a empresa apresentou uma resposta sucinta e genérica. O Diretor solicitou o detalhamento de onde ocorreram sinistros no município como, em linhas de transmissão e/ou subestações, pois ainda persistem pessoas e empresas sem luz tanto na área urbana quanto na área rural.

O diretor ainda relata que não há como intervir na força do temporal além de que não há como prevenir a intensidade, mas que é preciso solucionar. "Será aberto um procedimento que diz respeito à coletividade. Estamos aguardando a resposta adequada da empresa, mas, se for necessário, a mesma será autuada" explica.

O coordenador da Defesa Civil em Uruguaiana, Paulo Woultheres, alega que as equipes ainda estão trabalhando em conjunto com a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Rural (Semiur) recolhendo galhos. O Coordenador ainda conta que apesar de não saber a quantidade exata, ainda há pontos sem luz pelo município, no entanto funcionários da RGE continuam trabalhando.

A concessionária informou que alagamentos em decorrência das fortes chuvas dificultaram o acesso dos profissionais da empresa para a execução dos reparos necessários na rede. Em certas localidades, por conta do volume da água, a RGE precisou desligar a energia elétrica para evitar acidentes com a população.

Questionada pelo CIDADE, a RGE não respondeu qual é a previsão para normalização dos serviços. André Rispoli alegou que a concessionária também não deu um parecer para o Procon.