Vacina contra a covid-19
Médico uruguaianense defende antecipação da segunda dose
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Atualmente, estados brasileiros e especialistas divergem sobre antecipar segunda dose de vacina. Pelo menos nove estados reduziram o intervalo entre as aplicações com a AstraZeneca e a Pfizer - de 12 para 10 semanas, conforme indicam os fabricantes dos imunizantes. O Rio Grande do Sul também reduziu, mas voltou atrás a pedido do Conselho de Secretários Municipais de Saúde diante de recomendação do Ministério da Saúde, e voltou a adotar intervalo de 12 semanas entre primeira e segunda dose.
Alguns especialistas observam com preocupação e dizem que o Ministério da Saúde pensa em priorizar mais a população com a primeira dose que antecipar a segunda dose no outro grupo. Os estudos embasados para o atraso das doses são oriundos do levantamento feito com a variante alfa no Reino Unido, e não com a variante Delta.
Para a epidemiologista Carla Domingues e o virologista Sidney Campodonico, a segunda dose devia ser antecipada, "principalmente para a população de 50 a 60 anos ou 40 a 60 anos que foram vacinados, pois a primeira dose chega apenas a 30% de proteção contra a variante Delta, o que podemos imaginar atrasando a segunda dose? "
A eficácia após a primeira dose de qualquer vacina foi menor contra a variante Delta (30,7%); em comparação com a variante Alfa (48,7%). Ao examinar o efeito de duas doses, a vacina Pfizer-BioNTech foi 93,7% eficaz contra a variante Alfa e 88,0% contra o Delta variante, obedecendo os intervalos recomendados pelos fabricantes.
Já a eficácia de segunda dose da vacina AstraZeneca foi de 74,5% contra a variante Alfa e 67,0% contra a variante Delta, também obedecendo os intervalos recomendados pelos fabricantes.
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