Procedimento cirúrgico
Profissionais esclarecem dúvidas sobre castração de animais
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Gabriela Barcellos/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
A cirurgia de esterilização de animais é um procedimento importante a ser realizado para controle populacional. No entanto, também é indicada para evitar doenças, principalmente em fêmeas. Como efeito colateral, a intervenção cirúrgica pode reduzir comportamentos indesejados, como fugas durante o período do cio e brigas entre cães.
De acordo com o médico veterinário da Life Clínica Veterinária, Riguel Garcia Goulart, a castração é um procedimento seguro desde que feito em clínicas e/ou hospitais veterinários em ambiente cirúrgico apropriado e com medicações específicas para cada animal. Os pacientes precisam passar por avaliação médica, que poderá solicitar exames de sangue e averiguar a saúde geral do animal antes do procedimento.
A castração pode ser realizada em qualquer período da vida do animal, lembrando que quanto mais velho ele for, maiores os riscos e mais complicada a recuperação, conta o veterinário. Além disso, o intuito é evitar algumas doenças, então quanto mais cedo for realizado, melhor. Geralmente é realizado após o animal completar o esquema vacinal, tendo, em média, seis meses de idade. O médico reforça que as recomendações de idade podem variar a cada animal e sexo.
A cirurgia em fêmeas consiste na retirada dos ovários e do útero, sendo que, na maioria das vezes, é feita uma incisão próxima ao umbigo. Já nos machos são retirados os testículos e em ambas as intervenções cirúrgicas é necessário manter cuidados pós-operatórios devido aos pontos. É importante manter a região sempre higienizada e fazer o uso do colar elizabetano para evitar que o animalzinho lamba o local. Segundo Riguel, os cuidados podem variar de acordo com cada paciente e após cerca de sete a dez dias os animais já podem voltar à rotina normal, que é quando ocorre a retirada dos pontos. "Depois desse período o animal já pode fazer seus passeios normalmente".
De acordo com o esteticista animal, proprietário do Bicho de Luxo Pet Spa, Diogo Prestes, é importante que o cão tome banho antes do procedimento cirúrgico. "A preparação consiste em uma limpeza com shampoo neutro e em seguida é feita a tricotomia, que é uma tosa que mantém o pelo na altura da pele. Além de ser necessário para o procedimento, o fato de retirar os pelos ao redor do local auxilia na cicatrização do ferimento impedindo uma possível infecção", afirma.
Diogo também explica que a retomada dos banhos deve ser feita somente após a retirada dos pontos. "Apesar de ser realizado com todos os cuidados necessários, o banho também é uma manipulação, então o ideal é que o animal passe por essa movimentação após a cicatrização completa", conta o especialista.
Mitos e verdades
Riguel esclarece os mitos e verdades acerca da castração. Um dos mitos é o sofrimento animal durante o procedimento. Ele alega que se realizado por um profissional em ambiente apropriado, a cirurgia não causa dores pois são utilizados medicamentos e anestésicos específicos para cada animalzinho. Outra lenda a respeito da cirurgia é que muitos acreditam que é necessário que a fêmea dê pelo menos uma cria para poder ser castrada. O médico informa que é mentira. "Quanto antes a cirurgia for realizada, maior a chance de evitar um câncer futuro", explica.
Por outro lado, Riguel conta que há benefícios em relação ao procedimento. Muitos animais, principalmente machos, urinam para demarcação de território, sendo assim, este comportamento é reduzido após a castração. Outra alteração é que não ocorre mais a incidência de manchas de sangue oriundas do período de cio no local onde a fêmea fica.
Uma dúvida comum é a relação entre a cirurgia e o aumento de peso do animal. O veterinário esclarece que após o procedimento, os animais costumam se movimentar menos e acabam algumas vezes engordando. No entanto, isso é possível ser controlado com rações específicas, alimentação balanceada e estímulos de atividade física.
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