A Polícia Civil concluiu e remeteu ao Poder Judiciário, na manhã seta segunda-feira, 30/5, o inquérito policial que trata da publicação nas redes sociais de imagens de uma caixa com dois fetos encontrados no Cemitério Municipal, violada por populares na tarde do dia 17 de abril. As imagens foram publicadas em uma comunidade no Facebook e circularam em grupos de WhatsApp, o que causou choque na comunidade.

Segundo o responsável pelo inquérito, delegado Matheus Rosa, os fetos foram indevidamente expostos nas redes sociais, inclusive com identificação da mãe, gerando grande consternação pública e familiar. O fato foi enquadrado como o crime de vilipêndio a cadáver, com o indiciamento de quatro pessoas diretamente responsáveis pela exposição indevida das imagens dos fetos nas redes sociais. Questionado pela reportagem sobre qual seria a participação de cada um dos indiciados no crime, o Delegado informou que as pessoas 'publicaram, compartilharam e/ou auxiliaram para que fosse publicado e compartilhado'.

Apesar dos ataques à época ao Hospital Santa Casa e ao Cemitério Municipal, não houve nenhum tipo de responsabilização creditado a eles ou à funerária encarregada do transporte dos fetos do HSCU até o Cemitério.

Violação

Em abril deste ano, uma internauta publicou as imagens dos fetos dentro da caixa, contando que se deparou com um "descarte da Santa Casa no meio dos túmulos", acionando a Brigada Militar. Porém, a caixa estava aos cuidados de um funcionário do Cemitério, encarregado pelo enterro adequado.

Ao se dirigir para o local onde faria o enterro, o funcionário acabou sendo solicitado para prestar auxílio a uma família, deixando a caixa sobre um jazigo. Neste momento que a caixa foi violada. O material foi retirado do Hospital, pela empresa funerária responsável pelo trânsito até o cemitério, seguindo os protocolos padrões.