Aedes Aegypti
Uruguaiana está em estado de alto risco para a dengue
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Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Os agentes de endemias da Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizaram entre os dias 25 e 29 de abril, o segundo Levantamento Rápido de Índice do Aedes aegypti (LIRAa) de 2022. O documento, elaborado pela Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, apontou que Uruguaiana está no estágio mais alto de risco para a dengue.
No total, foram vistoriados 2 250 imóveis em cinco dias de trabalho. O índice de infestação predial (IIP) foi de 10 %, que é considerado um índice de alto risco para a ocorrência de dengue, zika e Chikungunya. Este índice representa a porcentagem de imóveis com focos de Aedes aegytpi entre os pesquisados pelos Agentes de Controle de Endemias (ACE).
O Índice de Breteau (IB) é um valor numérico que define a quantidade de Aedes aegypti em fase larvária encontrada dentro das casas. O número serve como referência para medir o nível de infestação do mosquito. São três categorias: Ideal, com índices iguais ou abaixo de 1,0; Alerta, entre 1,0 e 3,9; e, Alto Risco, com valores acima de 3,9. Em um panorama geral, Uruguaiana apresentou o resultado de 12,6.
Para a realização do LIRAa, o município foi dividido em cinco estratos com 8,1 mil a 12 mil imóveis. O estrato 1 é composto pelos bairros Centro e Mascarenhas de Moraes; o 2 pelo Bela Vista, Francisca Tarragó, Nova Esperança, Prolar/Promorar, João Paulo II, Cabo Luiz Quevedo. Já o estrato 3 é referente aos bairros Alexandre Zachia, Rio Branco, São Miguel, Vila Júlia e São Domingos. O de número 4 é composto pela União das Vilas, Aeroporto, Charqueada, Tellechea, Rui Ramos, Cidade Alegria e Cohab II. O 5 é referente aos bairros Jockey Clube, Santo Inácio, Santana, Cidade Nova e São João.
No levantamento de abril de 2022, todos os estratos tiveram Índice de Infestação Predial (IIP) que evidenciam números acima de 3,9%, o que representa um alto risco. O estrato 2 apresentou o índice de infestação predial mais alto, com 13,5%, seguido pelos estratos 5 com 11% e 4 com 10,6%.
Além disso, o Índice de Breteau também variou entre os estratos, sendo que os estratos 2 e 4 tinham o maior valor, com 16% e 15,5% respectivamente.
Focos
De acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde, os depósitos potenciais criadouros para Aedes aegypti são classificados em cinco grupos. Isso permite conhecer a importância epidemiológica desses criadouros e direcionamento das ações de controle vetorial.
O tipo de criadouro com o maior número de focos - o equivalente a 51,9% - foi o de classificação B que são depósitos móveis como vasos, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais. 23,2% dos focos de Aedes foram encontrados em criadouros do tipo D1, que são lixos passíveis de remoção como pneus.
Além disso, 11,6% dos focos estavam em depósitos do tipo D2 - lixo, plásticos, garrafas, entulhos. Também foram encontrados focos em depósitos do tipo A2 - 6,3% - que são depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico como tonel, barril, cisterna. Outros 6% são do tipo C que são tanques em obras, calhas, ralos, piscinas não tratadas.
De acordo com o levantamento, considerando os tipos de criadouros encontrados, devem ser intensificadas as ações de controle voltadas para a comunicação sobre a importância da eliminação mecânica dos criadouros. Entre as medidas estão: evitar o cultivo de plantas em vasos com água; substituição da água e limpeza dos bebedouros de animais; dar armazenamento e destino adequado aos resíduos; realizar a manutenção de tonéis com água bem tampados e colocar tela em ralos e caixas de inspeção.
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