Junho Violeta
Câmara aprova campanha sobre violência contra idosos

Divulgação - Anoreg/SP imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
O Projeto de Lei (PL) que institui a campanha Junho Violeta foi aprovado nesta quinta-feira, 2/12, durante sessão da Câmara Municipal. A campanha visa desenvolver ações de mobilização e sensibilização da população de Uruguaiana sobre os tipos de violência contra idosos e faz alusão ao Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, que ocorre no dia 15 de junho.
As atividades devem ser desenvolvidas nas unidades públicas de educação e de saúde da rede municipal durante o mês de junho. São palestras, debates e exibição de filmes para os pais e alunos da rede escolar, além de diferentes práticas pedagógicas sobre o tema destinadas aos alunos. Também poderão ser realizadas palestras e debates para os profissionais da rede de saúde.
A lei é de autoria da vereadora Zulma Ancinello (PRB).
Violência contra idosos cresceu na pandemia
Segundo o IBGE, entre 2012 e 2017, o número de homens e mulheres acima de 60 que buscaram abrigo em albergues públicos cresceu de 45 mil para 60 mil, um aumento de 33%. O abandono é tipificado como crime contra o idoso pelo Estatuto, junto de qualquer outra ação que cause morte ou dano físico e psicológico.
De acordo com os números do Relatório de Segurança Pública divulgado em 2019, a negligência é o tipo de violência contra o idoso mais comum, representando 41% do total das denúncias. Após ela, as principais violações sofridas por idosos são: a violência psicológica, com 24% das denúncias; o abuso financeiro, com 20%; a violência física, com 12% e a violência institucional (aquela ocorrida dentro de casas de abrigo), com 2%.
Durante a pandemia, de acordo com dados do Disque 100, canal de atendimento que atende vítimas de violações de direitos humanos, o número de chamadas para denunciar violência contra idosos subiu de 48,5 mil, em 2019, para cerca de 68 mil, em 2020. Este aumento pode ser explicado pelo maior tempo que os idosos passaram dentro de casa junto de seus agressores devido à necessidade de isolamento social.
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