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Importações
Supertaxa dos Estados Unidos impactará o mercado pecuário de leilões

Divulgação - Fenômenos climáticos ainda terão efeito, mas o tarifaço de Trump trará maiores dificuldades para o setor
No mercado pecuário de leilões, o primeiro semestre de 2025 foi marcado por variações, reflexo especialmente doas efeitos do clima. Autoridade no assunto, o diretor da Trajano Silva Remates, leiloeiro Marcelo Silva, recorda que o ano começou com boas perspectivas para a pecuária, mas sofreu com uma seca no início do ano e, depois, excesso de chuvas na segunda quinzena de junho.
“Em um primeiro momento, havia uma tendência positiva para a pecuária em geral”, lembra ele. O efeito dos fenômenos climáticos, segundo ele, foi uma oscilação bastante forte neste mercado durante os primeiros seis meses do ano.
Perguntado sobre as expectativas para o segundo semestre, Silva constata que a questão do excesso de chuvas ainda permanecerá prejudicando a produção nas lavouras e fazendas. Mas aponta uma outra situação que deverá impactar duramente: o aumento para 50% na taxa de importação de produtos brasileiros, determinada pelo governo norte-americano. "Isso reflete diretamente não só sobre a pecuária em geral, mas em várias outras categorias. Os próprios leilões têm menos animais para vender, os números nos valores em quilo diminuíram bastante e até alguns frigoríficos estão em compasso de espera", detalha.
Por fim, Trajano Silva diz que espera que o quadro seja revertido, numa referência ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos. "Porque, se não mudar, teremos uma primavera morna no que se refere à comercialização de animais em geral", pontua. Silva disse ainda torcer para que haja uma reversão da decisão norte-americana de sobretaxar produtos brasileiros "para que as negociações possam voltar à normalidade", complementa.
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