A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação (Sedes) reforçou nos últimos dias os trabalhos de atenção às pessoas em situação de vulnerabilidade social. De acordo com a titular da pasta, secretária Soraya Salomão, duas equipes estão nas ruas abordando e convidando esse grupo para pernoitar na Casa de Passagem. Nesta quarta-feira, 18/5, o abrigo municipal contava com 29 pessoas.

Segundo Soraya, na abordagem dos últimos dois dias, desde que o frio ficou mais intenso, quatro pessoas aceitaram dormir no local. Atualmente a média de atendimento na casa de acolhimento é de 25 a 30 pessoas, a variação normal é de 20 a 25. Ela conta que a maioria das pessoas vai por conta própria uma vez que já conhecem o atendimento da Casa.

A Secretária afirma que a maior parte das pessoas que estão nas ruas permanecem no local porque preferem. "Temos poucas pessoas dormindo nas ruas. Ontem, durante a ação de abordagem, cinco pessoas se recusaram a aceitar a casa de acolhimento". Apesar disso, essas pessoas que optaram por não ir para o abrigo receberam café quente, pão e cobertores.

Alguns moradores de rua alegam que têm conhecidos que os convidaram para pernoitar dentro de residências, o que é o caso de dois cuidadores de carro que ficam na região do Parcão, que preferem ficar pelo local pois ganham dinheiro dos motoristas.

Soraya também relata que há um casal que já foi convidado mais de uma vez para se refugiar do frio no abrigo, mas que não vão por causa das regras do local. A Casa divide os homens e mulheres em alas diferentes.

O local, que abriga até 50 pessoas fica localizado na Rua Eustáquio Ormazabal, no prédio da antiga Escola José Francisco. A estrutura conta com espaço para refeições, sala, dormitórios para homens, mulheres e famílias. A Casa também comporta estrangeiros que estão de passagem pelo país e que possuem dificuldades, não tendo condições de manter uma hospedagem paga.