A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projetou uma alta de 16,7% nas tarifas de energia em 2022. A estimativa foi apresentada pelo superintendente de Gestão Tarifária da agência, Davi Antunes Lima, na segunda-feira, 16/11, em debate na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados. O agravamento da crise hídrica é citado como o principal motivo para o aumento.

Segundo a Agência, as chamadas bandeiras tarifárias, taxas extras incluídas na conta de luz para pagar o acionamento de usinas térmicas, que são mais caras que hidrelétricas, não estão sendo o suficiente para evitar o déficit.

Por serem mais caras, os custos com as termoelétricas devem ser repassados aos brasileiros no próximo ano. Alguns outros pontos vão influenciar este aumento como os custos das medidas aprovadas pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), alta do dólar e o reajuste de contratos antigos de 17 distribuidoras com vínculo ao IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).

A Aneel afirmou estudar medidas para diminuir o impacto financeiro aos consumidores. Caso consigam colocar essas medidas em prática, o aumento na conta seria de 10,73% em 2022.