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Situação Epidemiológica
Infestação do Aedes aegypti coloca Uruguaiana em estado de alerta

Divulgação/Pixabay imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - A Vigilância Ambiental em Saúde de Uruguaiana tem realizado diversas atividades para controlar a proliferação do mosquito.
Num cenário em que o número de casos de dengue vem aumentando no estado, a população uruguaianense deve estar atenta à proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti – responsável ainda pela transmissão de outras zoonoses, como zika e chikungunya. E aderir a ações visando diminuir as chances de focos do mosquito se faz cada vez mais necessário. “Em meia tarde de trabalho, matei dois mosquitos transmissor da dengue”, relata uma leitora do CIDADE, que trabalha no centro da cidade.
Atualmente, o município está em estado de alerta diante da infestação do Aedes aegypti, de acordo com o resultado do último Levantamento Rápido de Índice do Aedes aegypti (LIRAa), realizando entre os dias 13 e 16 de janeiro deste ano. O levantamento é realizado a cada três meses, com o objetivo de determinar o índice de infestação do mosquito, e serve de termômetro para a situação epidemiológica da cidade, em relação a essas doenças.
Na ocasião, a Vigilância Ambiental em Saúde vistoriou 2 239 imóveis em diferentes bairros para identificar focos e criadouros do inseto. Os dados mostram que o Índice de Infestação Predial (IIP) no município foi de 3,3%, o que coloca a cidade em estado de alerta para a ocorrência de arboviroses. Agora, a Vigilância Ambiental se prepara para realizar, no próximo mês, o segundo LIRAa de 2025, que atualizará esses dados.
Recomendações e medidas de prevenção
O combate ao Aedes aegypti começa dentro de casa. A participação da população é essencial para conter a proliferação do mosquito e evitar que o cenário se agrave. De acordo com a médica veterinária Laura Ilarraz Massia, da Vigilância Ambiental em Saúde de Uruguaiana, a principal estratégia de combate ao mosquito é a eliminação dos criadouros. A população deve adotar medidas como evitar o acúmulo de água em plantas aquáticas, baldes, tonéis e pneus; cobrir recipientes de armazenamento de água; utilizar repelentes pessoais e no ambiente; lembrar que o Aedes aegypti pica preferencialmente durante o dia.
Atividades de controle do mosquito
A Vigilância Ambiental em Saúde realiza ações contínuas para o controle do Aedes aegypti em Uruguaiana, como:
Visitas domiciliares bimensais para orientação e aplicação de larvicida, quando necessário.
Visitas quinzenais a Pontos Estratégicos (cemitérios, borracharias, sucatas), com aplicação de inseticida quando indicado.
Pesquisas vetoriais especiais em um raio de 300 metros em torno de casos confirmados de dengue, com bloqueio de transmissão por meio de borrifação em imóveis vizinhos.
Cenário atual
No último levantamento o Estrato 1 foi destaque negativo. Ele abrange bairros como Centro, Mascarenhas de Moraes e Nova Esperança. Neste estrato, o IIP alcançou 6,2%, acompanhado de um Índice de Breteau (IB) de 6,8%, ambos considerados de risco. Já os estratos 2, 3, 4 e 5 apresentaram IIPs entre 1,5% e 3,7%, com IBs na mesma faixa, o que caracteriza estado de alerta.
De acordo com a médica veterinária Laura Ilarraz Massia, até o momento, 21 casos confirmados de dengue foram registrados em Uruguaiana desde o início do ano, enquanto 173 casos suspeitos foram notificados. Desses, 119 foram descartados após investigação, e 33 ainda estão em análise. Não houve internações hospitalares nem óbitos relacionados à doença.
Como é feito o levantamento?
O município foi dividido em cinco áreas (estratos), para facilitar a análise e o monitoramento da infestação. Cada área foi vistoriada por agentes de endemias, que verificaram a presença de focos do mosquito e calcularam o Índice de Infestação Predial (IIP), que, neste primeiro levantamento, foi de 3,3%, um valor considerado alerta pela Vigilância Sanitária. Esse índice indica que a cidade enfrenta risco de transmissão de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.
Os resultados do levantamento por região apontam IIP: 6,2% (risco para arboviroses) e Índice de Breteau (IB): 6,8% para o Estrato 1; e IIP: Entre 1,5% e 3,7% (faixa de alerta); IB: Também dentro da faixa de alerta, para os Estratos 2, 3, 4 e 5.
A análise dos criadouros observados aponta que, ao todo, 80 focos foram encontrados na cidade. Desses, 68,75% estavam em depósitos móveis, como vasos, pratos, baldes, garrafas e potes plásticos (Grupo B). Dentro deste grupo, 52,7% dos focos estavam concentrados em plantas aquáticas e vasos de plantas. Em seguida, depósitos fixos como calhas, ralos e tanques (Grupo C) representaram 16,25% dos focos. Já os depósitos ao nível do solo, como tonéis e barris (Grupo A2), representaram 11,25%.
Situação epidemiológica em 2025
Casos confirmados de dengue: 21
Total de casos notificados: 173
Casos descartados após investigação: 119
Casos ainda em investigação: 33
Internações hospitalares: Nenhuma registrada
Óbitos: Nenhum registrado
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