URUGUAIANA JN PREVISÃO

Inverno

Chegada do frio aquece o comércio

Gabriela Barcellos/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - O Fecomércio-RS projeta um crescimento moderado para o setor em 2025

O inverno apresenta crescimento nas vendas de roupas e calçados no Rio Grande do Sul e, especificamente, em Uruguaiana. Mesmo com o desastre climático de maio de 2024, que afetou diversas regiões do estado, Uruguaiana apresentou crescimento no setor de acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista (Sindilojas), Paulo Locatelli. 

Para 2025, é projetado um crescimento ainda maior. “Este ano nós contamos com a cidade na rota turística dos argentinos, isso deve aquecer nossas vendas” destaca o Presidente. 

Segundo dados da Federação Varejista do RS, o comércio estadual registrou um crescimento de 8,4% em 2024, superando a média nacional de 4,7%. Para 2025, a entidade projeta avanço contínuo, embora em ritmo mais contido, devido à elevada base de comparação e à necessidade de acompanhar o cenário político-econômico nacional e global. 

O Clima 

Historicamente, o comércio gaúcho de roupas registra aumento de cerca de 11,8% nas vendas durante o inverno em relação às demais estações. Peças como casacos, botas e edredons estão entre os itens mais procurados nesse período. Contudo, os lojistas sabem que o sucesso da temporada depende de diversos fatores. 

Conforme a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-RS), as condições climáticas têm um impacto direto nas vendas. Um inverno rigoroso costuma aquecer o comércio, enquanto temperaturas elevadas desestimulam a compra de roupas de frio. Em 2024, por exemplo, o inverno mais quente do que o esperado resultou em desempenho abaixo do previsto. 

Além do clima, a recuperação das regiões atingidas pelas enchentes do último ano também pode influenciar o desempenho do setor. A reposição de itens perdidos e a retomada das atividades econômicas nessas áreas podem gerar um impulso adicional nas vendas. 

Projeção dos lojistas 

Para Read Barakat, da Limite Confecções, e da recém-inaugurada loja de variedades Tiktak, ambas no Calçadão, quem trabalha com vestuário sempre tem uma expectativa para o inverno, entretanto, Barakat se mantém contido. “Muitas pessoas estão hoje tendo uma administração melhor do seu dinheiro, até pelo compromisso de despesas muito altas. Então, as pessoas estão comprando o que elas têm muita necessidade. Além, claro, de depender do clima: quanto mais frio, mais vendas fazemos”, conclui. 

Barakat compara a época em que inaugurou seu primeiro empreendimento com o atual momento do comércio da cidade. “Em 2001, era outro momento. Trabalhávamos com mais folga, a cidade era muito diferente. Hoje, com os Free Shops, precisamos acompanhar as mudanças e nos modernizar para trabalhar e poder aproveitar esse cliente que vem tanto de Uruguaiana como de fora”. 

Para Juliana Ramos, a frente da loja de bolsas e calçados Marfina, a procura por artigos com valor maior, como botas, aumenta no inverno, o que permite maior lucro. Entretanto, ela destaca que os últimos anos foram incertos. “Abrimos a loja em 2020, e, os anos que se seguiram foram anos de altos e baixos, acredito que para o comércio em geral. Mas vencemos com muita luta e dedicação. Superamos os obstáculos e estamos cada vez mais fortes”, pontua Juliana. 

Com o desemprego em queda e a renda média dos gaúchos em ascensão, o comércio vê na temporada de inverno uma oportunidade para consolidar a recuperação. A expectativa é que, mesmo sem grandes saltos, o setor mantenha uma trajetória de crescimento sustentado. 


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