URUGUAIANA JN PREVISÃO

Setembro Verde

Menos de 29% dos casos de morte encefálica resultaram em doação de órgãos

Ilustração/gerada por IA/Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Campanha Setembro Verde visa informar e conscientizar sobre a doação de órgãos

No primeiro semestre, o Rio Grande do Sul teve 404 notificações de morte encefálica, também conhecida popularmente como morte cerebral. Desse total, apenas 116 resultaram em doações de órgãos – 28,7%. Esse é um número considerado baixo, já que mais de 2,4 mil pessoas aguardam por um órgão no Estado. 

Mudar essa realidade através da informação e da conscientização é o objetivo da campanha Setembro Verde, que neste ano completa dez anos. infelizmente, muitas fezes o assunto ainda é considerado um tabu, mas as ações buscando falar do tema abertamente e, principalmente, se declarar como doador, caso seja sua vontade, é um paço fundamental para conquistar esse objetivo. 

O Brasil é carente de maneiras de uma pessoa se declarar legalmente como doadora de órgãos, tal como ocorre em outros países. Aqui, em caso de morte encefálica, é preciso que a família desse paciente faça a doação. E está é, segundo dados da Central de Transplantes, a principal barreira enfrentada pelas Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott). 

Os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) corroboram esse cenário. Dos 404 protocolos abertos de janeiro a junho, em 109 casos a doação não se concretizou pela negativa da família; em 95 casos houve contraindicação médica; em 62 casos a morte encefálica não foi confirmada; em sete deles o paciente sofreu parada cardiorespiratória; e em 15 casos a razão da não concretização é listada como outras. 

Nos casos em que a recusa da família foi a cauda da não realização da doação, a maioria, 37 casos, disse que o parente não era doador em vida; em 32 casos a razão foi a contrariedade da família à doação; em 18 casos a razão apontada foi a integridade do corpo; e em dez foi a demora na entrega do corpo por conta da doação. Em três desses casos, os familiares alegaram motivos religiosos; em outros três alegaram desconhecer a vontade do parente falecido; e em seis casos, não apontaram uma razão. 

Já entre as contraindicações médicas, a neoplasia domina a lista e foi a razão da não efetivação da doação em 40 casos; seguida de HIV+ (13); condições clínicas do doador (12); infecção viral/fúngica grave (9); sepse refratária (6); dengue (4); HTLV+ (2); e tuberculose ativa (2). 

Foram realizados no Rio Grande do Sul 339 transplantes de órgãos no primeiro semestre e 392 transplantes de córneas, ainda conforme a SES/RS. A maior parte dos transplantes realizados foi de rins (261); seguido de fígado (52); pulmão (16); e coração (10). 

No entanto, a fila de gaúchos aguardando um órgão é bem maior. De acordo com a última atualização da Secretaria Estadual de Saúde, no dia 13 de agosto, um totaliza de 2 444 pessoas aguardavam um transplante de órgão ou córnea. Destas, 1 129 aguardam um rim; 155 aguardam um fígado; 64 aguardam um pulmão; 12 aguardam um coração; e 1 084 aguardam um transplante de córnea.  


Formatura marca os 159 anos da Retomada de Uruguaiana Anterior

Formatura marca os 159 anos da Retomada de Uruguaiana

Secretaria de Saúde usa plataforma para integração de informações Próximo

Secretaria de Saúde usa plataforma para integração de informações

Deixe seu comentário