Com a intenção de reduzir a emissão de poluentes no ar, o Ministério dos Transportes lançou, no final de fevereiro, o programa 'MelhorAR', que tem como objetivo promover a sustentabilidade no transporte rodoviário e trazer benefícios para a saúde pública. 

A iniciativa contará com a colaboração do ministério, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Infra S.A. A empresa pública terá um papel importante na gestão do MelhorAR, criando regras para a obtenção, renovação, suspensão e cancelamento do selo, além de definir como serão medidos os níveis de emissão e criar formas de monitoramento. 

A ANTT será responsável por revisar as normas que incentivam a redução constante das emissões de poluentes no transporte rodoviário de cargas e passageiros, garantindo que as regras sejam adequadas e integrando os dados do MelhorAR ao Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTCR). O controle das emissões será realizado pelo Observatório Nacional de Transportes e Logística (ONTL). 

• Impacto Internacional 

De acordo com o Ministério dos Transportes e a Associação Brasileira de Transporte Internacional (ABTI), o Programa MelhorAR pode impactar o transporte internacional devido ao aumento das exigências ambientais. Empresas de transporte internacional precisarão se adaptar às novas regulamentações para reduzir as emissões de poluentes, o que pode incentivar a adoção de tecnologias limpas, como veículos elétricos e híbridos. A Multilog, uma empresa de logística com forte atuação no Brasil, também aponta que o alinhamento às normas ambientais globais poderá afetar a logística, os custos operacionais e a competitividade das transportadoras no mercado internacional. 

• Inovação Sustentável 

Focado em inovação e eficiência energética, o MelhorAR se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo a adoção de tecnologias limpas e práticas sustentáveis no setor. A conformidade com padrões ambientais mais rigorosos pode levar empresas a investir em tecnologias mais eficientes, impactando a logística e os custos operacionais no comércio internacional. Contudo, os impactos específicos dependerão de regulamentações adicionais e da adaptação do setor às novas exigências ambientais.