Em abril de 2018, um acidente de trânsito marcou a fronteira oeste. A cidade parou diante de um fato registrado na manhã de uma segunda-feira, 16/04, por volta das 7h30, em Uruguaiana. Isaac Cabreira, de sete anos, deslocava-se para escola de seu bairro, José Francisco Pereira da Silva, acompanhado de sua avó, quando ambos foram atropelados por um veículo Astra, de cor branca, conduzido pela motorista Anne Patrícia Gonçalves Moleda de Souza, que sequer carteira de habilitação possuía a época. Ao ser atropelado, Isaque arrastado por cerca de cem metros com a roupa presa ao carro. A avó da vítima, ferida, gritava para que a motorista parasse, mas o carro continuou até então cair numa vala.  

Anne se apresentou na Delegacia de Polícia, prestou depoimento e foi liberada enquanto o corpo de Isaac ainda estava na rua aguardando a chegada da Perícia Criminal. A chegada da equipe demorou cerca de doze horas e enquanto isso, uma enorme corrente de orações e pedidos de justiça se formou. As famílias de Uruguaiana se solidarizaram com os pais de Isaac e realizaram pelo menos três protestos ao longo de 15 dias.  

A motorista que foi indiciada homicídio duplamente qualificado em relação ao menino e por tentativa de homicídio doloso qualificado em relação à avó, passou por audiência na última quarta-feira, 6/12. Os fatos e a dor foram revividos por todos os lados. Amigos da família de Isaac foram para a frente do fórum pedir justiça mais uma vez. O resultado da audiência apontou para que Anne seja julgada pelo conselho de sentença através do júri popular. A sessão ainda não foi marcada. 

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