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Justiça
Homem é condenado a 42 anos por feminicídio

Arquivo/JC - Edioilson Silveira Hoffmann foi condenado a mais de 42 anos de prisão
O tribunal do júri condenou um homem a 42 anos de prisão por feminicídio cometido em maio de 2018. Edioilson Silveira Hoffmann, conhecido como “Chico” ou “João Companheiro”, de 34 anos, matou a ex-mulher, Lucineia Maciel Hoffmann, com cinco tiros, na casa onde ela vivia, na frente dos filhos do casal.
O crime ocorreu por volta das 23h15min, na Rua Padre Anchieta. Segundo o Ministério Público, o casal estava separado à época e Edioilson, que já não morava mais na residência, não aceitava o fim do relacionamento nem o fato de Lucineia ter um novo companheiro. Na noite do crime, ele foi até a casa da ex-mulher e os dois discutiram, na presença dos filhos, então com 10 e 13 anos. Durante a discussão, Lucineia pediu que ele fosse embora e tentou acionar a polícia. Pouco depois, enquanto dava banho em um dos filhos, foi surpreendida pelos disparos. O homem fugiu do local, deixando a vítima agonizando diante das crianças.

A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Nildo Inácio. O Ministério Público foi representado pelo promotor Luiz Antônio Barbará Dias, que sustentou a tese da acusação e ressaltou a brutalidade do crime.
O Conselho de Sentença acolheu a argumentação do MP e condenou Edioilson por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.
A pena definitiva foi fixada em 42 anos, dois meses e sete dias de reclusão, em regime inicial fechado. A condenação considerou ainda as agravantes do feminicídio, nos termos da Lei 14.994/2024, e o fato de o crime ter sido cometido na presença dos filhos menores.
“O que o Ministério Público pediu foi acolhido pelos jurados, pela sociedade. Conseguimos obter a condenação com uma pena excelente, aplicada pelo juiz dentro de um padrão exemplar”, afirmou o promotor Barbará Dias.
Violência doméstica
Durante o julgamento, estiveram presentes representantes da rede de apoio à mulher, como o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e o Centro de Referência em Assistência Social (Cras). “A presença dessas instituições demonstra o compromisso coletivo no combate à violência contra a mulher”, concluiu o promotor.
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