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Em agosto
Uruguaiana vivenciou queda nos números de violência contra a mulher

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Os indicadores de violência contra a mulher da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) mostraram que, em linhas gerais, o mês de agosto de 2022 apresentou uma redução no número de crimes contra a mulher em Uruguaiana em comparação com o mesmo mês de 2021.
A métrica que registrou maior queda no município foi a relacionada aos estupros. Em 2021 foram registradas oito ocorrências de violações de mulheres em agosto e, no mesmo mês em 2022, não foram contabilizados registros desse tipo de crime.
Assim como no oitavo mês do ano passado, neste ano não foram registrados assassinatos de mulheres por motivo de gênero. Já as tentativas de feminicídio reduziram de duas em 2021 para zero em 2022.
Além disso, as lesões corporais também apresentaram queda de 33%, passando de 27 registros no ano passado para 18 neste ano. As ameaças reduziram cerca de 31%, sendo contabilizadas 35 ocorrências em 2021 se contrapondo ao cenário do mesmo mês deste ano que totalizou 24 registros.
De acordo com o substituto da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) em Uruguaiana, delegado Nilson de Carvalho, os números sempre apresentam variáveis, tanto em aumentos quanto em quedas. O delegado verifica tais métricas como uma conscientização das pessoas, em especial dos agressores, acerca das consequências da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Segundo Carvalho, a Deam de Uruguaiana é uma das recordistas no estado no cumprimento de prisões preventivas por descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência (MPU). "Os agressores estão vendo que, em Uruguaiana, cometer esse tipo de delito irá trazer uma consequência negativa. É a isso que eu atribuo as quedas nos números: uma conscientização de que os atos dos agressores terão consequências que, normalmente, é a prisão", afirma o Delegado.
Estado
Os indicadores criminais do oitavo mês no Estado apontam queda de feminicídios em relação ao mesmo período do ano passado. O número de vítimas caiu 50%, de 14 para sete casos.
Entre essas sete mulheres assassinadas por motivo de gênero no mês, apenas uma contava com Medida Protetiva de Urgência. Segundo a SSP, a redução do mês ainda não foi capaz de reverter o acumulado do ano. Desde janeiro, o Rio Grande do Sul contabiliza 75 feminicídios, três a mais que nos oito meses iniciais de 2021, o que representa uma alta de 4,2%.
Entre os outros indicadores de violência contra a mulher acompanhados pela Secretaria, a variação dos números em agosto foi de redução nas lesões corporais, estupros e ameaças. Nas tentativas de feminicídios foi verificado um caso a mais em relação a agosto do ano passado, de 22 para 23 neste ano. Os estupros e lesões corporais reduziram 29,5% e 9%, respectivamente. Já as ameaças caíram 14,6% passando de 2 696 para 2 302.
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