URUGUAIANA JN PREVISÃO

Reinvidicação

Cpers Sindicato realiza ato público na Praça Barão

Helena Biasi/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Em manifestação, educadores exigem reajuste salarial e melhores condições nas escolas públicas.

Nessa terça-feira, 23/4, profissionais da Educação de todo o país participaram de uma paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A mobilização, conforme divulgou o Cpers Sindicato, tem como objetivo denunciar os sucessivos ataques à educação pública brasileira e reivindicar valorização urgente para quem faz a escola acontecer. No Rio Grande do Sul, a mobilização foi coordenada pelo Cpers Sindicato, que organizou atos nos 42 núcleos regionais.

Em Uruguaiana, professores e servidores realizaram um ato público na Praça Barão do Rio Branco, para reivindicar melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial. Entre as principais pautas da paralisação estão a revisão geral dos salários em 12,14%; a ampliação da educação pública com menos burocratização; a rejeição à privatização e à militarização das escolas; além da valorização profissional com melhores condições de trabalho e formação continuada. 

A diretora do Núcleo 21 do Sindicato, professora Jônia de Carvalho, diz que as condições de trabalho vêm prejudicando o trabalho de professores e funcionários nas escolas públicas. "Aqui em Uruguaiana, o que mais incomoda é a precariedade da estrutura física das escolas.” afirma.

Outro quesito apontado na mobilização é a sobrecarga de trabalho e as exigências impostas pela Secretaria Estadual de Educação, que fazem com que professores e funcionários levem atividades para casa e passem os finais de semana trabalhando. A dirigente sindical afirma que, apesar das dificuldades, a cobrança por resultados e envio de relatórios à Secretaria é constante. 

A desvalorização da categoria também é um dos principais pontos de insatisfação. "Educação sempre é usada como bandeira em campanhas eleitorais, mas, na prática, nossos professores estão cada vez mais desvalorizados e desestimulados. Os salários não acompanham o custo de vida e o assédio para impedir a participação em atos públicos só agrava o cenário", denuncia Jônia. 

Jônia critica ainda a postura do governo estadual, em relação à situação dos aposentados. "O governo de Eduardo Leite continua descontando a previdência dos aposentados, algo que começou na época de Bolsonaro e se arrasta há quase cinco anos.” alerta. 

Grande parte dos aposentados está há onze anos sem reposição salarial e, atualmente, a categoria luta por um reajuste de 12,14%, percentual que representa uma tentativa de recompor o poder de compra perdido ao longo dos anos, e não um aumento real. 

Por fim, Jônia reforça que a luta do sindicato depende da união dos trabalhadores. "O Cpers somos todos nós. A direção sozinha não consegue fazer frente a tantos ataques. Precisamos da mobilização de todos, inclusive dos aposentados, para garantir nossos direitos.” 

Cpers critica governo Leite por desvalorização da educação e ataques a aposentadosHelena Biasi

 

A luta é de todos 

Para Paulo Ricardo Fagundes, auxiliar administrativo da rede estadual há 31 anos em Uruguaiana, o atual cenário é um dos mais graves que já enfrentou em sua trajetória no serviço público. "A forma como este governo trata os trabalhadores é extremamente injusta e cruel. É um desrespeito total", afirma o servidor. 

Paulo diz que, ao longo dos últimos anos, vários direitos da categoria foram retirados, e que hoje a maioria dos servidores, tanto funcionários quanto professores, vivem em situação de penúria. Segundo ele, essa realidade se tornou cotidiana desde que a atual gestão estadual assumiu. “Nós sobrevivemos, não vivemos. Sai um empréstimo no banco, entra o pagamento e já precisamos fazer outro empréstimo para conseguir sobreviver.” relata. 

Para o servidor a paralisação não é apenas uma luta pelos direitos  dos trabalhadores, mas também um movimento em defesa da sociedade. "Essa crise reflete diretamente nos filhos dos trabalhadores que estudam nas escolas públicas. Como pode um funcionário trabalhar tranquilo, preocupado pensando se amanhã terá o que almoçar ou se conseguirá pagar a conta de água?" questiona o auxiliar. 

Paulo diz ainda que escolas e colegas têm organizado campanhas internas para arrecadar alimentos e ajudar funcionários que enfrentam situações extremas. "Atraso de aluguel, contas de luz e água acumuladas, essa é a nossa realidade hoje. Não é vitimismo, é fato." 

Por fim, Fagundes faz um apelo ao atual governo. “Esperamos mais solidariedade. Que olhem com mais atenção para quem dedica a vida inteira à educação pública." conclui o servidor administrativo.  


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