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8 de janeiro

Golpistas planejaram sequestrar Lula e Moraes

Antônio Cruz/Agência Brasil imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Planos para sequestrar Lula e Moraes foram recuperados pela PF no celular de Mauro Cid

A Polícia Federal recuperou arquivos eletrônicos apagados pelo tenente-coronel Mauro Cid que revelam detalhes sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Com o auxílio de um software israelense, a PF encontrou informações que detalham a preparação do ataque, incluindo nomes, rotinas e até armamentos utilizados pelos seguranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. 

De acordo com fontes ligadas à investigação, os golpistas haviam coletado minúcias sobre os responsáveis pela segurança de Lula e Moraes, indicando a intenção de capturá-los. A informação sugeriu que os golpistas se preparavam para um possível confronto armado com os seguranças do presidente e do ministro, caso fosse necessário. No entanto, no dia da tentativa de golpe, nem Lula nem Moraes estavam em Brasília. O presidente viajou para Araraquara, em São Paulo, enquanto o ministro do STF estava em Paris. 

Além dos dados recuperados sobre os seguranças, a PF também convocou novas testemunhas para depor no inquérito. O ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, prestou depoimento na última semana. Ramagem, que foi indicado para o cargo por Jair Bolsonaro, chefiou os serviços de inteligência da Abin e foi um dos responsáveis pela supervisão de atividades de vigilância durante o governo anterior. Em seguida, foi ouvido o general Nilton Diniz Rodrigues, atual comandante da Segunda Brigada de Infantaria de Selva, no Amazonas. Na época do golpe, Diniz ainda era coronel. 

A partir dessas revelações, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prorrogação do inquérito por mais 60 dias, aprofundando as investigações sobre o planejamento e os envolvidos no ataque. O indiciamento de líderes, executores e financiadores do golpe deve ocorrer entre o final de dezembro de 2024 e o início de 2025. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, é um dos investigados e busca, por meio de aliados no Congresso, uma possível anistia para os envolvidos no episódio. 

 


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