Combate
Vereadora propõe implantação do programa “Banco Vermelho”

Guilherme Brum/Prefeitura de Santa Maria - Iniciativa quer mobilizar cidade contra o feminicídio
A vereadora Márcia Fumagalli (Republicanos) apresentou um projeto de indicação que propõe ao Executivo a implantação do projeto ‘Banco Vermelho’ nas principais vias e, posteriormente, nos bairros da cidade. A iniciativa tem como objetivo chamar atenção da sociedade para os altos índices de feminicídio no Brasil e fortalecer o enfrentamento à violência contra a mulher.
O Banco Vermelho é uma intervenção urbana e social que já foi adotada em diversas cidades brasileiras. A ação consiste na instalação de bancos pintados de vermelho com a frase: “Em briga de marido e mulher, se salva a mulher”, acompanhada de dados e referências à Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).
Conscientização e mobilização permanente
Na justificativa da proposta, Fumagalli ressalta o caráter simbólico e educativo da medida. “Trata-se de transformar o espaço público em um local de memória, reflexão e mobilização permanente contra a violência de gênero. Uruguaiana, como cidade comprometida com os direitos humanos, deve se somar a este movimento”, afirma a parlamentar.
A vereadora também defende que a ação seja desenvolvida em parceria com entidades da sociedade civil, conselhos municipais, instituições de ensino e órgãos de segurança pública, ampliando o alcance e o impacto do projeto.
Um banco que salva vidas
Mais do que um item de mobiliário urbano, o Banco Vermelho é tratado como instrumento pedagógico e de cidadania, que incentiva o diálogo, estimula a denúncia e fortalece a proteção às vítimas. Sua presença em locais estratégicos pode representar um ponto de apoio simbólico às mulheres, além de um alerta para toda a comunidade.
A proposta se baseia no banco vermelho inaugurado neste sábado, 2/8, em Santa Maria. O espaço exibe mensagens de apoio a mulheres vítimas de violência – como: “Não se cale, não se culpe. Denuncie” e o slogan nacional da campanha, “Sentar e refletir " Levantar e agir”, além de divulgar telefones para denúncias.
A indicação agora depende da apreciação da Casa Legislativa, que ocorrerá na Sessão desta quinta-feira, 7/8, e, posteriormente, da avaliação do Executivo Municipal, que poderá decidir pela adoção e implementação do projeto em espaços públicos da cidade.
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