BRIANE MACHADO
Já viveu hoje?
Qual é o conceito de felicidade aplicado a sua vida?
Crescemos em busca daquilo que nossos pais gostariam que fossemos: felizes.
Ao longo dos anos, acabamos por perceber que a felicidade não é um estado permanente, mas formado por pequenos ou grandes acontecimentos que nos tornam eufóricos, alegres, realizados.
A felicidade em si passa por uma percepção subjetiva daquilo que queremos buscar, de como somos dia após dia, de como encaramos a realidade.
Ouvimos quando crianças que todos buscam a felicidade, como se fosse um lugar ou uma coisa que passa a ser vista de forma real, como um objetivo a ser alcançado.
Para muitos, o conceito de felicidade está em alcançar os ideais relacionados a bens materiais.
"Serei feliz quando comprar a minha casa.".
"Serei feliz quando o meu carro novo chegar.".
Como se aquela aquisição fosse completar a vida de tal forma capaz de suprimir todos os outros desejos que ainda estão por vir.
Para outros, a felicidade está intimamente relacionada aos acontecimentos pessoais, ou seja, casamento, filhos, família estão em primeiro plano e, só depois disso, a felicidade será completa.
Crescemos em famílias com estruturas diversas, com hábitos, costumes, rotinas próprias e que se coadunam com aquele núcleo. Em razão disso, cada ser humano busca a sua felicidade da forma que melhor lhe complemente. Entretanto, enfrentamos a dificuldade de entender que a felicidade é momentânea.
Não estamos completos em cem por cento do tempo em que vivemos. E, justamente, por pensarmos que os planos se sobrepõem ao estado mental, por muitas vezes deixamos passar em brancas nuvens momentos que não voltarão mais.
Esperamos demais da vida.
Às vezes, acabamos por almejar o inatingível e, consequentemente, nos apegamos aquela chance mínima de validação do sonho para dizer que só depois de consegui-la seremos felizes.
É tão temerário esperar para viver.
Momentos escoam entre os dedos, se desfazem em frações de segundo. Tudo acaba. Não temos ideia do que está por vir. Então, ressalto aquela máxima: "ninguém sabe o dia de amanhã".
Na realidade, diariamente buscamos um estado permanente de forma equivocada.
A vida é fluida. Não somos estáticos, vivemos em constante movimento.
Altos e baixos são necessários para valorizarmos os picos de alegria com que a vida nos beneficia.
Os bons acontecimentos servem para nos impulsionarem de forma com que adquirimos gás para ultrapassarmos os desafios dos dias difíceis.
Ser, estar, sentir, fazer, adquirir: verbos que nos remetem ao estado de euforia que buscamos ao longo da vida.
Não espere o momento perfeito para alcançar a alegria.
A felicidade mora nos detalhes.
Deixe seu comentário