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Palestina

Praça do Barão pode ter ala em homenagem à Palestina

Fredo Tarasuk/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Praça do Barão pode receber espaço homenageando comunidade Palestina

por Fredo Tarasuk 

A vereadora Zulma Ancinello (Republicanos) apresentou na sessão plenária desta terça-feira, 19/11, um projeto de lei que denomina a ala sudoeste da Praça Barão do Rio Branco como "Palestina". A iniciativa visa homenagear a comunidade palestina de Uruguaiana, que contribui para o desenvolvimento do município desde 1943, quando chegaram à cidade os primeiros imigrantes.  

A denominação da ala sudoeste da praça busca reconhecer a importância da diáspora palestina para o município, realçando sua influência econômica, cultural e religiosa. A homenagem, além de reconhecer a contribuição de um povo que teve que sair de sua terra natal, fortalece o sentimento de pertencimento e valoriza a rica herança cultural palestina presente em Uruguaiana. 

O PL 140/2024 foi apresentado à Câmara e seguirá agora para análise das comissões municipais. Após os pareceres, o projeto retornará ao plenário para discussão e votação. Na justificativa, Zulma ressalta o valor inestimável da comunidade palestina para Uruguaiana e espera a aprovação dos demais vereadores. A escolha da Praça do Barão para a homenagem é simbólica, pois representa o coração da cidade e um espaço de convivência entre diferentes culturas. 

Sobre a homenagem proposta, o Engenheiro de Software e Presidente da Sociedade Beneficiente Árabe Palestina Brasileira, Nasser Otaman, disse que torce para que a proposição se concretize. Ele ainda afirmou que escolha é certeira pois o local é utilizado pelos palestinos durante a Feira das Etinias. “A comunidade palestina fica extremamente grata pela homenagem. A alameda sudoeste da Praça do Barão é referência para a comunidade palestina, principalmente por ser lá o local utilizado por nós nos eventos da praça”.  

Otaman  pontuou que nomeação como Palestina “busca eternizar o nome do país de nossa origem, em homenagem à nossa comunidade, que de lá veio e que muito contribuiu para o desenvolvimento de Uruguaiana”. O presidente ainda relembrou que a Palestina é o berço de religiões monoteístas como o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. “A Palestina não vai ser apagada jamais da história. Uruguaiana, com esse ato, corrobora com a necessidade da criação de um estado livre e soberano nos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza”, concluiu. 

Uma história de integração 

Os primeiros imigrantes chegaram em Uruguaiana entre 1943 e 1947, fugindo dos conflitos no Oriente Médio. Desde que fincaram raízes na cidade, os palestinos se incorporaram à nossa cultura, mantendo vivas suas tradições, como a culinária e a religião, e se destacaram por sua participação ativa na vida social e econômica do município. A homenagem proposta busca reconhecer essa história de mais de 80 anos e fortalecer os laços entre a comunidade palestina e a cidade de Uruguaiana. 

Caso aprovado pela Câmara Municipal, o projeto irá para a mesa do prefeito para sanção.  


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