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Cátia Liczbinski e Fernando Spanhol
A Inteligência Artificial e os Empregos na Atualidade
A inteligência artificial a sua popularidade cresceu exponencialmente desde o lançamento do ChatGPT pela OpenAI em 2022. Antes um tema predominantemente discutido em círculos de Ciência e Tecnologia, agora se tornou um assunto amplamente debatido na sociedade. No entanto, essa popularização também trouxe preocupações profundas na sociedade, incluindo o receio de desemprego (antiga preocupação da substituição do homem pela máquina).
Observou-se recentemente, por exemplo, a greve dos roteiristas de Hollywood que fizeram protestos contra o uso de inteligência artificial no cinema.
Esse panorama tem gerado na sociedade uma ansiedade generalizada sobre a possibilidade da substituição do ser humano pela inteligência artificial.
Importante refletir que historicamente a evolução na forma de trabalhar é intrínseca ao próprio ser humano, sendo que contemporaneamente, por exemplo, a introdução de aplicativos de mobilidade trouxeram consigo mudanças significativas.
Embora a existência desses aplicativos de mobilidade tenha ocasionado desemprego em setores tradicionais, como o de táxis, também gerou novas oportunidades de trabalho, como os motoristas de aplicativos de uber e 99, trazendo renda complementar e democratizando o serviço, antes restritos a pequenos grupos donos de “placas” de táxi, além disso, essa transformação popularizou um serviço que outrora era restrito e oneroso.
Outro exemplo se refere ao lançamento dos primeiros smartphones, não apenas uma nova indústria foi criada, mas também houve a interrupção de outras já existentes, como as de câmeras digitais, GPS e celulares básicos. No entanto, essa revolução tecnológica gerou inúmeros novos negócios, abrindo portas para vendas online, serviços de streaming e gerando milhares de novos empregos.
Observa-se que é cíclico e inevitável que os trabalhos repetitivos podem ser automatizados e sempre estarão em rota de extinção. O paradoxo de Jevons, ou "efeito rebote", mostra que empregos podem aumentar e não diminuir todas as vezes que são descobertas maneiras mais eficientes para fazer algo.
Nesse contexto também é a utilização da ferramenta excel, que agilizou e substituiu a caneta e a régua na realização de planilhas, mantendo a necessidade de pessoas, mas tornando o trabalho mais eficaz, expandindo-se a sua utilização e ampliando o número de empregos.
Um estudo recente da IBM com 3000 executivos e 21.000 trabalhadores em 28 países apontou que 40% da sua força de trabalho precisará de requalificação à implementação da IA. 87% desses executivos esperam que a IA irá complementar o trabalho dos profissionais e não substituí-los. O estudo aponta também que os profissionais de tecnologia que se requalificarem com sucesso para se adaptarem aos novos cargos reportaram um crescimento de 15% de receita média, enquanto aqueles que focaram os estudos em IA viram um crescimento de 36% na receita.
Embora a insegurança possa ser justificada, é preciso focar no aprendizado e interação com a IA, para aprender a trabalhar junto com a tecnologia e tratar ela como recurso de potencialização e melhoria da qualidade do trabalho.
A utilização da IA, não gera a perda de empregos quando serve de suporte para automatizar partes do trabalho que são muitas vezes tediosas e repetitivas, permitindo aos humanos focar em trabalhos que precisam de habilidades únicas. Em uma primeira análise não será a IA que irá gerar o desemprego, pelo contrário poderá fortalecer e ampliar oportunidades para aqueles que souberem utilizar a IA de maneira mais eficaz.
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