Ricardo Peró
Luzes & Sombras
Uma das ditaduras mais incensadas pela imprensa nacional nos anos 80 e 90, também "acarinhada" com dinheiro do BNDES durante os governos petistas, foi a de Daniel Ortega, da Nicarágua. Esta semana, o ditador marxista prendeu o quinto pré-candidato às eleições presidenciais marcadas para novembro, abrindo caminho para mais um mandato. Desta vez o encarcerado foi o jornalista Miguel Mora, do Partido da Revolução Democrática, ex- diretor do canal 100% Notícias, fechado pelo governo em 2018. Ainda semana passada, o Foro de São Paulo, integrado pelo PT, PC do B, Psol e PDT, divulgou nota rechaçando uma resolução da OEA que condenava a ditadura nicaragüense pela prisão arbitrária de opositores políticos.
Ortega, líder da Frente Sandinista de Libertação Nacional, que assim como Luiz Inácio da Silva, o "Lula", só possui o ensino fundamental, comanda uma das ditaduras mais cruéis da América Latina, fraudando eleições e prendendo adversários políticos para se manter no poder. Entre os feitos do "herói do povo nicaragüense" está o estupro de sua filha adotiva Zoilamérica Narváez Murillo, quando esta tinha 11 anos.
Em 2012, durante o primeiro governo da "presidenta" Dilma Rousseff, o BNDES concedeu à Nicarágua US$ 342 milhões para a construção da usina hidroelétrica de Tumarín.
Continua lindo
O Rio d Janeiro, inegavelmente continua lindo, mas sua situação é de uma longa e séria intervenção federal. Como se não bastasse o fato de deter o recorde nacional de cinco ex-governadores presos por corrupção, esta semana o procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro anunciou que traficantes e milicianos do Estado somam 56 mil homens, armados com fuzis, granadas e até mesmo lança-foguetes. Já o Estado, possui apenas tem mil policiais, destes, vários envolvidos com o crime organizado. Como se não bastasse, há a decisão do STF que proíbe que a polícia combata o crime nas favelas.
Querem mais?
Patifaria energética
Apesar de o Brasil enfrentar mais uma crise de energia, até mesmo correndo o risco de sofrer mais um apagão, a Aneel, agência reguladora que deveria zelar pelo interesse público, se juntou à banda podre do Congresso para sabotar a geração de energia solar, limpa e barata. O bando pretende taxar entre 28% e 57% a energia gerada e injetada na rede via sistema solar, objetivando manter o Brasil na dependência das termelétricas, altamente poluentes e caras. A Aneel e seus amiguinhos alegam que a energia solar é subsidiada, esquecendo que suas mimosas e sujas termelétricas recebem subsídios ainda maiores. A turminha, na discussão da MP da capitalização da Eletrobrás, aproveitou para inserir um "jabuti" que obriga o governo a sustentá-los por mais 15 anos. Curioso é o fato de que até agora nenhuma das ONGs naturebas, nacional ou estrangeira, se manifestou, nem contra o funcionamento das poluentes termelétricas, nem contra a sabotagem à produção de energia limpa e sustentável. Devem estar observando as ararinhas azuis.
Na realidade, a falta de chuvas tem pouco ou nada a ver com o risco de até apagão no sistema elétrico. O maior fator gerador da atual situação é ao falta de investimentos em energia limpa. Graças aos "ambientalistas", as hidroelétricas brasileiras deixaram de ter grandes barragens de captação, passando a ter "espelhos d'água". Se tornaram caras e de média geração de energia. Já as termelétricas, altamente poluentes (mas ignoradas pelos defensores do verde) estão a "pleno vapor". Passaram de responsáveis por 13,5% da matriz energética no ano de 2016 para 24,5% de toda a geração. O motivo, como sempre, é financeiro: além de mais baratas, as termelétricas recebem mesmo sem ser acionadas, só para ficarem de sobreaviso.
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