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'Integrar Turismo, Cultura, Educação e C&T é essencial'

Clara Angeleas - Ascom MinC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

"Se quisermos colocar o Brasil no Século 21, temos que basear investimento forte em turismo, economia criativa e cultura integradas", afirmou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, na abertura da 46ª Expo Abav, ontem, 26/9, véspera do Dia Mundial do Turismo. Promovido pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), o evento ocorre simultaneamente ao 50º Encontro Comercial da Braztoa, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo. Durante a abertura, o ministro disse que o País tem um imenso potencial e que é possível proporcionar bem-estar à população com geração de emprego e renda.

Para Sá Leitão, a integração das pastas da Cultura, Educação, Turismo e Ciência e Tecnologia é fundamental para que o Brasil se coloque em um novo patamar de desenvolvimento. "São as áreas que, se integradas, podem mudar o futuro do País. Tenho, na minha gestão, trabalhado para isso", apontou.

O turismo representa, atualmente, 7,9% do PIB brasileiro, de acordo com dados do Ministério do Turismo. A estimativa de crescimento para 2018 é de 2,7%. O setor emprega 6,6 milhões de pessoas em todo o País e sua cadeia produtiva impulsiona 52 diferentes setores da indústria nacional. O Brasil, além de ser a 11ª maior economia de turismo do mundo, e o primeiro País em atrativos naturais, é o 8º em atrativos culturais.


Impacto econômico

Durante o evento na Abav, o ministro ressaltou os estudos de impacto econômico de grandes eventos, como o Réveillon e o Carnaval do Rio, como modo de apresentar aos governos e à sociedade a importância do turismo e da cultura. Para se ter uma ideia, análise da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em parceria com o MinC, mostra que em 2018 o Carnaval gerou impacto econômico de R$ 3 bilhões e o Réveillon, de R$ 1,94 bilhão. "No MinC, desenvolvemos esses estudos de impacto econômico para evidenciar a importância das atividades de cultura e turismo. Eles mostram o potencial e o retorno que esses eventos trazem à sociedade. O impressionante é que as pessoas não se dão conta e agentes públicos falam em reduzir investimentos, por exemplo, para o Carnaval", comenta.

A metodologia desenvolvida pela FGV leva em consideração o efeito cascata que os gastos efetuados pelos frequentadores dos eventos têm na economia local. Os recursos gastos com hotéis, restaurantes, bares e transporte se expandem para outros setores da economia, já que os prestadores desses serviços precisam adquirir matérias-primas e outros serviços com seus fornecedores. Desse modo, o impacto econômico na rede turística local, chamado de impacto econômico direto, gera demanda de combustível, energia, serviços de comunicação, serviços financeiros, ou seja, de fornecedores. Esse é chamado de impacto econômico indireto. Ainda são contabilizados os investimentos na produção dos eventos (serviços contratados, como artistas, técnicos, iluminadores, infraestrutura de palco).


Cidades históricas

Uma forma de fazer com que o turismo e a cultura sirvam de vetores para o impulso de economias regionais é a afirmação das cidades históricas brasileiras e seus atrativos culturais como destinos turísticos, gerando desenvolvimento e atraindo novos investimentos para essas regiões.

Para aproveitar essa vocação, foi criado o PAC Cidades Históricas, gerido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao Ministério da Cultura. O programa tem como objetivo desenvolver ações integradas para promoção econômica do Patrimônio Cultural, em particular para a atividade turística, atraindo novos investimentos e parceiros para as localidades. A previsão total de investimentos para este programa é de R$ 1,6 bilhão, destinado a ações em 44 cidades de 20 estados brasileiros.


Abav e Braztoa

A 46ª Expo Abav é um evento criado para absorver as diferentes demandas da cadeia produtiva do turismo, em especial a dos agentes de viagens, que são o principal canal de distribuição de viagens no Brasil. Na feira, há representantes de diversos segmentos, entre eles os de destinos nacionais e internacionais, operadoras emissivas e receptivas, companhias aéreas, consolidadoras, hotéis e resorts, cruzeiros, fornecedoras de tecnologia e sistemas, locadoras de veículos, empresas de ecoturismo e aventura e de representantes do turismo rural, entre outros.

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