Rendimento Escolar
Desempenho da Educação em Uruguaiana está abaixo do esperado

Ilustração/Pexels. imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Dados compõem o estudo “Aprendizagem na educação básica: situação brasileira no pós-pandemia”
No Brasil, apenas 5,2% dos estudantes da rede pública que concluíram o 3º ano do ensino médio em 2023 demonstraram um nível de aprendizagem considerado adequado em matemática. Os dados são do estudo “Aprendizagem na educação básica: situação brasileira no pós-pandemia”, divulgado na segunda-feira, 28/4, pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) em parceria com a ONG Todos Pela Educação, no Dia Mundial da Educação.
Matemática
Em Uruguaiana, segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2023, os alunos do ensino médio obtiveram média 4,2 em matemática. Já no ensino fundamental, a média subiu para 4,76. Apesar disso, o município registrou média de desempenho escolar de 3,5 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no mesmo período, evidenciando desafios estruturais na qualidade do ensino.
De acordo com o Saeb, o percentual de alunos no município com nível adequado de aprendizagem ficou em 22,6% em língua portuguesa e 32% em matemática no ensino médio.
Língua portuguesa
No caso da língua portuguesa, os alunos do 3º ano do ensino médio apresentaram um desempenho um pouco melhor, 32,4% atingiram um nível de aprendizagem considerado adequado. O dado representa uma leve melhora, mas ainda fica abaixo do patamar de 2019, ano pré-pandemia, que registrava 33,5% de desempenho adequado.
No município de Uruguaiana, o percentual dos alunos com nível adequado de ensino no de 2023, registrou 22,6% na matéria dos estudos de linguagem.
O estudo
A análise se baseia nos estudos feitos pelo Iede e nos resultados do Saeb 2023 e revela que o ensino de matemática no país regrediu a níveis observados há mais de uma década. O número de alunos com desempenho adequado teve leve aumento de 5% em relação a 2021, mas segue abaixo do registrado em 2019, de 6,9%.
De acordo com a pesquisa, 59% dos estudantes estão no nível mais baixo de proficiência em matemática, classificado como “insuficiente”. Em comparação, na disciplina de língua portuguesa, 33% dos alunos estão nesse mesmo patamar.
O levantamento do Iede também mostra que as desigualdades educacionais por raça e renda se aprofundaram nos últimos dez anos. No 9º ano do ensino fundamental, a diferença de desempenho em língua portuguesa entre estudantes brancos/amarelos e pretos/pardos/indígenas cresceu de 9,6 para 14,1 pontos percentuais entre 2013 e 2023.
Em matemática, aumentou de 6,2 para 8,6 pontos. Já no ensino médio, a disparidade entre os grupos em língua portuguesa passou de 11 para 14 pontos percentuais no mesmo período.
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