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Hábitos

Fronteira oeste é campeã em leitura no Estado

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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO) identificou que a região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul conta com os habitantes que demonstram maior apreço pelo hábito da leitura. Apenas 1/3 da população das cidades que englobam Uruguaiana, São Borja e Santana do Livramento não possuem tal costume.

No total, a leitura não faz parte da vida de 48,3% da população do RS. Conforme a pesquisa, essas pessoas não têm o hábito de ler nem na forma impressa e nem na digital. Esse indicador segue a tendência nacional em que 48% dos brasileiros não mantêm relação de proximidade com nenhum tipo de literatura. A capital Porto Alegre, replica o mesmo comportamento estadual.

Além disso, 51,7% representam os gaúchos que leem uma média de 7,6 livros ao ano. A maior frequência absoluta é de dois livros ao ano e a mediana é de quatro livros ao ano. Isso significa que a maioria dos gaúchos lê uma média de três livros ao ano e que a média geral da pesquisa, de 7,6 livros ao ano, é motivada pelo amor à leitura de um em cada dez gaúchos. O documento também aponta que, em média, 10% dos gaúchos leem de forma compulsiva registrando um livro por semana. Alguns chegam a ler de 60 a 100 livros por ano.

Leitura e renda familiar

O levantamento aponta que a educação formal e a renda familiar estão intimamente associadas ao hábito de leitura. Quanto menor a escolaridade e renda, menor o envolvimento com o mundo da leitura. A média geral de gaúchos que leem é de 51,7%, a média de leitura de quem tem ensino fundamental é de 37%, de quem tem ensino médio é de 52,8% e dos que têm ensino superior é de 74,3%.

O mesmo fenômeno se percebe na relação entre hábito de leitura e renda familiar: dentre os que têm renda de um a dois salários-mínimos o hábito de leitura é de 45,9%, nos que têm renda de três a cinco salários-mínimos é de 55,8%. Já aqueles que recebem acima de seis salários-mínimos é de 72,2%.

O tipo de literatura de preferência varia conforme a classe social. Quanto menor a renda familiar, maior a relação com livros de religião ou espiritualidade e os de autoajuda. O balanço indica que o isolamento social da pandemia motivou a leitura entre as pessoas com renda de um a dois salários-mínimos, que tinham acesso reduzido à internet e estavam saturadas com a programação da televisão aberta.

Conforme aumenta a renda, amplia-se o interesse por livros técnicos, é o que diz o estudo. As pessoas pertencentes a famílias com três a cinco salários-mínimos sonham com a mobilidade social e buscam na literatura a possibilidade de adquirir mais conhecimento e cultura. Já as famílias com renda acima de seis salários-mínimos mostram mais apreço por uma literatura eclética, acompanhando os lançamentos. As escolhas inspiram momentos de entretenimento e lazer ou estão associadas à atualização profissional.

Leitura gratuita em Uruguaiana

Uruguaiana possui espaços dedicados à literatura que fornecem acesso aos livros de maneira gratuita. Um exemplo é a Biblioteca Pública que fica localizada na Rua Santana, esquina com 15 de Novembro, no Centro. O horário de funcionamento é das 8h às 12h e das 14h às 17h. Para fazer o cadastro e retirar livros é necessário apresentar o RG, CPF e comprovante de residência, o prazo de devolução fica entre uma semana ou 15 dias, de acordo com o livro escolhido.

Outra opção gratuita é a Biblioteca do Sesc Uruguaiana que possui um acervo de aproximadamente 3 mil livros. Os títulos atendem desde o público infantil aos adultos. O espaço ainda oferece atividade como sarau literário, hora do conto, clube de leitura, além do acesso à internet, e a revistas e jornais impressos. O cadastro é gratuito e pode ser feito na sede do Sesc, localizada na Rua General Flores da Cunha, 1 984, no Centro, das 8h às 19h.


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