Cavalo Crioulo
Marcha da Resistência agora é manifestação cultural nacional
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O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.392, de 2022, que torna a Marcha da Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul uma manifestação da cultura nacional e impõe ao poder público assegurar a livre realização dessa atividade. O texto foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 5/7.
O projeto que originou a lei foi aprovado no início de junho no Senado, com parecer favorável do senador Lasier Martins (Podemos), que afirmou que a iniciativa contribui para "conferir legitimidade ao caráter cultural dessas manifestações, particularmente daquelas que sofrem algum tipo de preconceito em razão de sua origem social".
A Marcha é considerada um dos pilares de seleção da raça Crioula. Para isso, são avaliadas rusticidade, resistência e poder de recuperação dos cavalos durante o evento. Nas provas, os participantes se concentram por 30 dias, para equiparar as condições físicas e nutricionais de todos os animais. Logo depois, observada a saúde do animal, são percorridos 750 quilômetros em 15 dias.
Nos primeiros 12 dias de Marcha as etapas reguladas servem para que os competidores conheçam a estrada e seus cavalos, formulem estratégias e se preparem para a etapa final, com a chegada dos percursos livres que acontecem nos três últimos dias de competição. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).
A tradição da Marcha de Resistência ocorre não só no Brasil, mas também na Argentina e no Uruguai. A edição mais recente foi realizada em Quaraí e terminou no último sábado, 2/7.
De acordo com Lasier, a raça crioula está bastante estabelecida no país. Segundo a ABCCC, o crescimento dessa manada no Brasil em 2015 atingiu 6,4%, totalizando 402.341 animais em todos os estados.
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