A Apoteose do Samba, primeira escola de samba a desfilar nesta primeira noite, está pronta, mas a passarela não.

Operários ainda trabalham na montagem de arquibancadas, camarote oficial, camarote de imprensa, enfim, em todos os setores da Presidente Vargas - o som que toma conta do ambiente é a batida do martelo no metal, e quando o tempo passa, aumenta o clima de descredito na organização, e incerteza quanto a realização do evento.

Desde a manhã desta quinta-feira, 12/3, a Avenida Presidente Vargas está interditada pelo Corpo de Bombeiros. A organizadora do evento, Bah Entretenimento, garante que, mesmo proibido, haverá desfile, e seu diretor, Richard Amaral, garantiu pessoalmente a segurança do público e dos participantes, com uma apólice de seguro no valor de R$ 60 milhões, cobrindo qualquer incidente que possa ocorrer.

O Tenente Coronel Antônio Felipe Zinga, comandante do 1º Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira, ao ser perguntado, disse que a interdição é entre a Bah e os Bombeiros, acrescentando que, mesmo havendo a lavratura de um Termo Circunstanciado por contravenção penal - um crime punível com até dois anos de prisão - nada fará para garantir a manutenção da interdição do Corpo de Bombeiros.

O jornalista Cláudio Brito, promotor de Justiça aposentado e apaixonado por carnaval, em conversa com nossa Redação, disse que, estando interditada a avenida, não pode haver desfile.