Abaixo da linha da pobreza
Uruguaiana tem 840 famílias vivendo com R$105 por mês
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
A fome da população gaúcha foi tema de conferência municipal ocorrida na última quinta-feira, 14/7, no Salão Nobre da Prefeitura. O evento fez parte da etapa municipal das audiências preparatórias que estão sendo realizadas em todo o estado com vistas à 8ª Conferência Estadual de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, a ser realizada nos dias 27 e 28 de julho, em Porto Alegre. Segundo a secretária de Desenvolvimento Social de Uruguaiana, Soraya Salomão, o município convive com 840 famílias vivendo abaixo da linha da pobreza.
De acordo com a Secretária, as famílias sobrevivem com R$ 105 mensais per capita. Além disso, duas mil famílias não contam com auxílios do governo federal. "Tivemos um corte de 60% nos recursos federais destinados ao orçamento social", afirmou a secretária, enfatizando que seis entre dez lares em situação de vulnerabilidade social são sustentados apenas por mulheres. "E estão passando fome. Precisaríamos de R$ 2,5 milhões para destinar R$ 100 mensais para cada pessoa das 2 mil famílias em situação de extrema pobreza por um ano", acrescentou.
Com a participação de gestores públicos, servidores das áreas de assistência social, organizações da sociedade civil, além de representantes de comunidades quilombolas, indígenas e estudantes e professores da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o debate teve como objetivo colher informações e subsídios sobre a realidade local, debater e formular sugestões de ações e escolher representantes para a etapa estadual.
As discussões, que se estenderiam ao longo do dia, por meio da formação de grupos de trabalho, ficaram concentradas em quatro eixos: produção, abastecimento e acesso a alimentos; educação alimentar e qualidade dos alimentos; políticas públicas e sistemas de segurança alimentar e nutricional.
O encontro teve como organizadores o Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
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