O Ministério da Saúde deu início a uma nova fase da pesquisa Epicovid, focalizando agora nas possíveis sequelas deixadas pela doença. Essa etapa crucial da investigação envolverá entrevistas com 33.250 pessoas, distribuídos em 133 municípios brasileiros, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde o estudo se concentrará em oito localidades distintas incluindo Uruguaiana, Porto Alegre, e Caxias do Sul. 

Sob a coordenação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Epicovid visa a identificar os sintomas persistentes que alguns indivíduos enfrentam após se recuperarem da covid-19. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 20% dos infectados sofrem com essas condições, independentemente da gravidade da doença inicial. 

Ethel Maciel, profissional em destaque na área da saúde, enfatiza a importância de diagnósticos precisos para a ampliação dos serviços de saúde mental e fisioterapia, visando a fornecer o suporte necessário para aqueles que enfrentam esses desafios pós-covid. 

As entrevistas, planejadas para serem concluídas até o final do mês, abordarão uma série de questões, incluindo histórico de infecção, sintomas persistentes, vacinação e impactos na vida cotidiana. Cada município selecionado terá 250 participantes sorteados aleatoriamente para responder ao questionário. 

A Epicovid busca, assim, contribuir de forma significativa para a compreensão das consequências da covid-19 e para a melhoria dos serviços de saúde pública em todo o país.