Em Porto Rico
Uruguaianense participa do Ironman 70.3 neste final de semana
Arquivo Pessoal imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Neste domingo, 15/3, atletas de vários cantos do mundo entram em cena em um Ironman que é conhecido como um dos favoritos dos atletas e espectadores. Entre eles, a uruguaianense Alessandra Altermann, de 33 anos, que percorreu nas últimas semanas, mais de cinco mil quilômetros até a ilha caribenha de Porto Rico, onde participa do segundo Ironman da sua vida. Em entrevista a nossa reportagem, a atleta contou detalhes do início na modalidade e sobre sua rotina de treinos.
A triatleta, que também é educadora física, iniciou no esporte com corrida de aventura, na época da faculdade. Depois de formada retornou a Uruguaiana e sua paixão pelo triathlon acendeu em 2007, quando assistiu um Ironman em Florianópolis.
"Fiquei impressionada com a energia daquilo tudo, em ver todas aquelas pessoas nadando, pedalando e correndo, e felizes demais em estarem fazendo aquilo. Foi o que mais chamou minha atenção e pensei 'nossa, olha do que nosso corpo é capaz'".
Mas entre conhecer o triathlon e começar a competir foram 11 anos. "Foi quando um amigo meu aqui de Uruguaiana me falou: 'e aí? Como será que é... vamos começar a treinar?' Até então só pedalava de mtb (mountain bike), foi aí que comprei uma speed (bike de estrada) e comecei a treinar em dezembro de 2017", acrescentou.
A estreia no triathlon foi em 2018, na modalidade sprint, nas distâncias de 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida. "Depois, neste mesmo ano, competi novamente em uma distância maior. Em agosto de 2018 fiz um olímpico, 1.500 de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida", explica. Após essas duas provas, Alessandra fez a inscrição no seu primeiro Ironman 70.3 (meio Ironman), que tem as distâncias de 1.900 de natação, 90km de ciclismo e 21km de corrida somando 113km ou 70.3 milhas. A prova foi realizada em 2019 em Punta del Este, no Uruguai.
A atleta também falou sobre o que o triathlon significa na sua vida. "Hoje é meu estilo de vida, ele me ensina muitas coisas, a respeitar a vontade do outro, a ser tolerante, a vencer o medo a cada vez que ele aparece, a ser independente, a ter disciplina, foco e o principal, a ACREDITAR que tudo é possível", ressalta.
Além de treinar para as provas, o que dá em torno de 13 a 15 horas de dedicação semanal, Alessandra divide o tempo com os atendimentos no seu estúdio. "Durante a semana são duas horas por dia, nos finais de semana treinos longos, de 3h30", explica. Sobre a meta de tempo de conclusão nesta prova, a ideia é reduzir as seis horas e cinco minutos do seu primeiro Ironman.
Outra questão que chama atenção na carreira da atleta é que ela iniciou sua preparação para as provas de triathlon em Uruguaiana, assim precisa adaptar seus treinos ao que a cidade oferece. Mas para a atleta nada disso é empecilho. Ela divide seus treinos nas piscinas da cidade e como as provas são em águas abertas, ela também treina na barragem de um amigo. "Acho muito bom Uruguaiana para treinar, são temperaturas extremas, clima dificulta bastante por isso acho bom, porque podemos competir em qualquer lugar! Isso nos torna mais fortes", avalia. "Acho que por ser no interior me facilita muito, por causa do tempo, muito rápido já estamos nos lugares, tudo é perto! Quando eu morava em Porto Alegre nunca sobrava tempo de treinar. Tudo é mais longe e demandava mais", complementa. "Claro que é muito bom ter estrutura top de treinos, mas não é disso que é construído um atleta... amador claro", analisa.
"Única coisa que acho difícil em Uruguaiana é porque tem muito pouca mulher treinado! Para triathlon nenhuma. Isso sim faz falta! Mas logo a mulherada anima!".
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