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ITAQUI

Mulher era mantida em cárcere privado pela própria filha

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Vítima era mantida em apartamento, sem cuidados médicos e vivia em uma situação de negligência e abandono

Na última sexta-feira, 21/2, o Ministério Público resgatou uma mulher de 53 anos que era mantida em cárcere privado e sofrendo maus-tratos da própria filha, de 20 anos, em um apartamento no bairro Capelinha, em Itaqui. O resgate ocorreu durante cumprimento de mandado de busca e apreensão deferido a pedido do promotor de Justiça Cláudio Rodrigues Araujo, e cumprido com apoio de oficial de Justiça e da Brigada Militar.

De acordo com o Promotor, que atua no município há pouco mais de um mês, a vítima, que tem transtorno mental, estava em estado de vulnerabilidade. Araujo explica que as suspeitas de que algo estava errado surgiram a partir de denúncias feitas a rede de proteção. “A gente tem um contato muito próximo com a rede, com o CAPS Mentes Brilhantes, que faz o acompanhamento. E começaram a surgir denúncias. Algumas diligências foram realizadas e se verificou, inclusive, certa ostentação da filha e o companheiro dela na cidade”, explica.

Ele frisa ainda que houve diversas tentativas infrutíferas de contato. “As equipes iam no local, mas não eram atendidas. No próprio momento da busca, eles somente atenderam a porta após cerca de meia hora, percebendo que se fosse necessário, ela seria arrombada”, conta. A filha também chegou a ser notificada para audiência na Promotoria de Justiça, mas não compareceu, tampouco justificou a ausência.

Diante da situação, o MP solicitou medidas de urgência ao Poder Judiciário, que foram deferidas já no dia seguinte, sexta-feira, quando a equipe executou as ordens judiciais.

A casa apresentava condições precárias de higiene e para a acomodação da vítima. Além disso, praticamente não havia alimentos no local (no momento da abordagem). A mulher — que não recebia cuidados médicos e vivia em uma situação de negligência e abandono — dormia em um colchão no chão, em um ambiente sem iluminação e ventilação. “A gente percebeu que não era uma situação geral da casa. O restante da casa era arrumado, as roupas dobradas. As dela não. As roupas dela eram jogadas, ele não vinha recebendo as medicações que deveria fazer uso. Estava em situação de vulnerabilidade, de abandono”, explica o Promotor.

A mulher foi encaminhada ao Hospital São Patrício de Itaqui para avaliações médicas e até o fechamento desta edição, seguia hospitalizada, realizando exames. Após, ela deverá ser encaminhada a uma instituição credenciada e adequada às suas necessidades, já que não possui familiares que possam lhe acolher.

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