Na manhã desta sexta-feira, 25/4, o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em 2023, Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Agora, o Ministro negou recurso da defesa dele para rever a condenação. 

Segundo a defesa, o ex-presidente foi detido por volta das 4h da manhã, quando se deslocava para Brasília. Ainda de acordo com a defesa, Collor ia para a capital cumprir espontaneamente o mandado. Depois da prisão, o ex-presidente foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas. Uma sessão virtual será realizada pelo STF, para referendar a decisão de Moraes, das 11h às 23h59 desta sexta-feira, 25/4. 

Acusação 

Collor foi condenado em maio de 2023 a 4 anos e 4 meses pelo crime de corrupção passiva e a quatro anos e seis  meses por lavagem de dinheiro. A acusação de associação criminosa prescreveu porque Collor tem mais de 70 anos.  

No julgamento, que durou sete sessões, o STF considerou que Collor, como dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi responsável pelas indicações políticas para a BR Distribuidora, então estatal subsidiária da Petrobras, e teria recebido R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa, entre 2010 e 2014. 

Em novembro do ano passado, o STF manteve a condenação, depois de rejeitar os recursos da defesa para reformar a condenação. Na última quinta-feira, 24/4, Moraes rejeitou um segundo recurso da defesa, por considerá-lo meramente protelatório, e determinou a prisão imediata do ex-presidente.