O Conselho de Defesa Nacional (CDN) deu permissão para prévia à empresa Ybytu Empreendimentos de Energia Renovável S.A para adquirir imóveis rurais nos municípios de Uruguaiana, Alegrete e Quaraí. Esta era uma medida crucial para instalação do parque eólico Três Divisas.

O projeto é da empresa gaúcha Renobrax com sócia da Dinamarca, que formou a Ybytu Empreendimentos para construir um complexo eólico de 810 megawatts (MW) com 180 aerogeradores e investimento estimado em R$ 4 bilhões. Esta produção de energia é suficiente para abastecer o consumo residencial de mais de 1,3 milhões de gaúchos.

A capacidade instalada total de energia eólica no RS é de 1,8 mil MW, então o Três Divisas vai acrescentar quase metade dessa capacidade.

Por se tratar de área contígua à fronteira e envolver um sócio estrangeiro, o projeto precisava de autorização do CND. Segundo a empresa, a fronteira do estado foi o local de escolha pela qualidade de recursos, como espaço e bons ventos.

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) vinha tendo reuniões sobre o tema com representantes da Ybytu e afirmou que o Estado é importador de energia elétrica e precisa desses investimentos para reduzir a demanda.

O próximo passo para o Três Divisas é o pedido de outorga e, até a metade do ano, solicitar a licença de instalação, que permite o início da construção. A intenção é dar largada nas obras no início de 2023, para ter o parque operando no primeiro trimestre de 2025.