Ricardo Peró Job
Luzes & Sombras
Baboseiras
O governo federal durante o auge da pandemia do corona-vírus, devido a falsas denúncias partidas de oposicionistas brasileiros com eco no exterior, foi acusado de "genocídio" contra os indígenas. Porém, a realidade, assim como outras fake news lançadas pelo mesmo grupo na época - "vão faltar seringas", "vão faltar vacinas", a vacinação será lenta", etc... - foi outra. Segundo dados divulgados pela Funai, foram criadas pelo menos 300 barreiras sanitárias para proibir entrada de não-indígenas nas aldeias e nos períodos críticos de contágio, todas as autorizações de entrada nas terras indígenas foram proibidas. Mais de 200 mil kits de higiene e limpeza para a prevenção foram entregues nas aldeias. Foram distribuídas também 38 mil toneladas de alimentos para reduzir a necessidade de os índios saírem das reservas e distribuiu 1,7 milhão de cestas básicas. O governo vacinou mais de 92% da população indígena e criou a Central de Atendimento da Funai à Covid-19.
TCU
A condenação de investigadores da Lava Jato pelo Tribunal de Contas da União, comandada pelo ministro Bruno Dantas é uma vergonha para o país e uma verdadeira ode à impunidade. Para quem não sabe, Dantas é "afilhadinho" político do notório senador Renan Calheiros, aquele cuja pensão alimentícia da amante era paga por uma empreiteira "amiga". Nosso herói participou, por exemplo, do célebre jantar em torno de Lula em um restaurante chique de São Paulo, a convite de Renan. A decisão do TCU, de tão parcial, ignorou 14 recomendações de procuradores e auditores envolvidos no assunto. Os alvos principais eram o ex-procurador-geral Rodrigo Janot e o agora candidato à deputação federal Deltan Dallagnoll. Cabe lembrar que a Lava Jato recuperou R$ 20 bilhões de dinheiro roubado pela quadrilha liderada pelo ex-presidente e agora novamente candidato, gastando ao longo das investigações R$2,8 milhões para tal, ou seja, 7000 vezes menos.
A decisão do TCU poderá acarretar a inelegibilidade de Deltan Dallagnol, em razão de inclusão do procurador na Lei da Ficha Limpa. Já Luiz Inácio da Silva, o "Lula", que comandou o saque, graças a uma manobra do STF poderá concorrer.
STF
Não bastam os convescotes pagos com dinheiro público mundo afora. Esta semana os ministros do Supremo Tribunal Federal se reuniram para aumentar os próprios salários. Cada um passará a receber mais de R$ 46 mil, o que elevará o teto salarial no país. O efeito cascata do aumento atingirá todo o Judiciário, começando por desembargadores e juízes.
Ciro e Bolsonaro
Ciro Gomes não tem papas na língua. Na semana passada, em entrevista para o Financial Times, comparou Luiz Inácio da Silva, o "Lula" aos seus amigos Nicolás Maduro, da Venezuela, e Daniel Ortega, da Nicarágua, hoje os mais visíveis ditadores da América Latina. Segundo ele, Lula é "uma expressão de populismo sul-americano podre e corrupto". "Se você considera que Ortega é um populista corrupto, então Lula é a expressão absolutamente igual de Ortega ou de Maduro", disse Ciro. Já o presidente Jair Bolsonaro, outro sem papas na língua, em discurso proferido chamou o ex-presidente Lula, durante o Encontro Nacional do Agro, organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em Brasília, de "malandro" e "sem caráter". "Sem caráter. Um bêbado que quer dirigir o Brasil. Na Febraban, eu falei: se um funcionário de vocês roubasse por anos, e você descobrisse ou demitisse, e alguns anos depois, se ele batesse na sua porta, você o empregaria de novo? É óbvio que não", arrematou o presidente.
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