Ricardo Peró Job
Luzes & Sombras
Cheira mal
A insistência do governador paulista, João Dória, o Chiquinho Scarpa da política nacional em empurrar a vacina chinesa Coronavac Brasil afora, mesmo sem registro na Anvisa, começa a causar suspeitas. Acontece que Yin Weidong, diretor e fundador do laboratório Sinovac, fabricante da Coronavac e de outras vacinas, é réu confesso em casos de suborno para obter a aprovação de seus produtos. Weidong admitiu na justiça ter subornado, entre os anos 2002 e 2011, o diretor da agência reguladora da China para obter a aprovação de suas vacinas. Mas mesmo sendo réu confesso, seguiu com presidente do laboratório. Ademais, a Coronavac, apesar de usar metodologia de imunização semelhante a outras vacinas, custa mais caro que as assemelhadas, como por exemplo, a Oxford/AstraZeneca, que também será fabricada no Brasil. As duas doses necessárias para a suposta imunização com a Coronavac custariam US$ 20,60 por pessoa, enquanto que as da empresa anglo-sueca, US$6, ou seja, mais de três vezes menos. Portanto, o governo brasileiro gastaria cerca de R$22,4 bilhões para imunizar toda a população com a vacina chinesa, enquanto que com a de Oxford, R$6,7 bilhões, ou seja R$ 15,7 bilhões a mais. Pode até não ser, mas que tem cheiro de negociata, tem!
Não aprende
Apesar de pelo menos dezoito países não reconhecerem a legitimidade das tragicômicas eleições promovidas pelo ditador Nícolas Maduro na obteve 67,6% de votos na Venezuela, o PT, através de sua "presidenta", Gleice Hoffman, a Narizinho, tirou nota para saudar a pantomina. Segundo o governo, mesmo com a participação de apenas 31% dos votantes, a troupe de Maduro obteve 67,6% dos votos. Já a o oposição e alguns países observadores das eleições afirmam que a abstenção teria sido superior a 80% dos votantes.
Mas, eis a nota do PT: "Saudamos as eleições legislativas da Venezuela realizadas neste domingo, que constituem mais uma grande manifestação da vontade popular no processo de transformação política, social e econômica daquele país ao longo das duas últimas décadas. As eleições foram realizadas pelo governo constitucional, apesar da grave crise provocada pelo bloqueio comercial, financeiro e diplomático à Venezuela, e das ameaças militares, por parte do governo dos Estados Unidos e de vassalos como Jair Bolsonaro.
As eleições são a resposta democrática a esta política de bloqueio, que visa a atingir o governo constitucional do país, mas tem como grande vítima o povo venezuelano, gravemente prejudicado no acesso a alimentos, medicamentos e outros direitos.
O PT é solidário ao governo constitucional e ao povo da Venezuela. Compreendemos que a realização das eleições é a resposta democrática aos golpistas que conspiram, dentro e fora do país, contra o governo constitucional e o processo de transformação iniciado pelo ex-presidente Hugo Chavez. Todo apoio ao povo venezuelano na luta contra o imperialismo, contra o bloqueio e as ameaças militares, em defesa da soberania da Venezuela e da América Latina".
É por estas e outras que o PT, a cada eleição, se torna mais nanico.
Fiquem atentos
Considerados fiéis da balança nas eleições para a Mesa da Câmara, os partidos de esquerda tem sido cortejados pelos candidatos à Mesa da Câmara, em especial, por Maia, que quer se perpetuar na presidência através de um laranja e Arthur Lira, o candidato oficial do governo Bolsonaro. Dos candidatos, Lira é o que mais tem cortejado os petistas, chegando até mesmo a procurar o ex-ministro e notório ladrão, José Dirceu.
Segundo parlamentares que participaram de uma reunião do candidato bolsonarista à presidência da Câmara com partidos de esquerda, o notório deputado Arthur Lira teria se comprometido com três pautas para agradar os petistas e seus satélites lulistas: combate ao "lava-jatismo", mudanças na Lei da Ficha Limpa e um projeto que permita nova forma de financiamento dos sindicatos.
Se for verdade, com esta nova aliança com o crime, Bolsonaro joga no lixo suas últimas chances de fazer o governo que prometeu durante a campanha. Entrará para a história como uma nova fraude eleitoral.
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