URUGUAIANA JN PREVISÃO

Rubens Montardo Júnior

A geografia do atraso

A proporção de crianças brasileiras de 7 a 9 anos que não sabem ler ou escrever dobrou entre 2019 e 2022 no Brasil. Naquele ano, 20% das crianças de 7 anos eram analfabetas. Em 2022, após dois anos de pandemia e de acesso restrito a aulas regulares, o percentual escalou para 40%. Entre aquelas de 8 e de 9 anos, em 2019, 8,5% e 4,4% eram analfabetas há quatro anos, respectivamente. E, em 2022, a proporção das que não sabiam ler ou escrever era de 20,8% entre aqueles com 8 anos e 9,5% entre aquelas com 9 anos. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e fazem parte de um estudo inédito sobre pobreza multidimensional na infância e adolescência elaborado pelo Unicef, o braço da Organização das Nações Unidas para a Infância. O estudo parte de duas premissas: a pobreza tem múltiplas dimensões, e crianças e adolescentes devem ser priorizados nas políticas públicas do país. Ao avaliar informações sobre o acesso de crianças e adolescentes brasileiros a educação, moradia, água, saneamento, informação e renda, o Unicef conclui que a pobreza multidimensional teve uma melhora tímida no país entre 2019 e 2022. Ela foi reduzida de 62,9%, em 2019, para 60,3%, em 2022 - uma queda de 2,6 pontos percentuais. Isso significa que 31,9 milhões de crianças e adolescentes brasileiros estão privados de um ou mais direitos, de um total de 52,8 milhões no país. Desigualdades com relação a cor e raça melhoraram, mas seguem persistentes. A diferença no acesso a direitos entre crianças e adolescentes brancos e negros era de cerca de 22% em 2019 e caiu para 20 pontos em 2022. Diferenças regionais são extremas. Enquanto, no Amapá, 91,7% das crianças e adolescentes sofrem ao menos um tipo de privação, em São Paulo esse percentual é de 35,7%. No direito à educação, foi o acesso à alfabetização que sofreu o mais duro golpe durante os anos de pandemia.
Coroa
A aguardada sexta e última temporada de “The Crown” (Netflix) será dividida em duas partes. A primeira parte estreia no dia 16/11 e terá quatro episódios. A segunda parte, no dia 14 de dezembro, e terá seis episódios. Em sua última temporada, a série retratará os acontecimentos de 1997 a 2005, época do mandato do primeiro-ministro Tony Blair. A primeira parte focará no relacionamento entre a princesa Diana e Dodi Fayed até a morte trágica do casal em um acidente de carro em Paris. Já a segunda parte mostrará as repercussões da morte de Diana na vida da família e da monarquia, além do casamento de Charles e Camilla Parker Bowles e o início do relacionamento entre William e Kate Middleton.
Condenado
A Justiça paulista condenou o pastor Silas Malafaia a pagar uma indenização por danos morais de R$ 15 mil à jornalista Vera Magalhães, apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura, e colunista da rádio CBN. Em 2022, Malafaia disse nas redes sociais que Vera recebia R$ 500 mil por ano do então governador João Doria para emitir ataques ao então presidente Jair Bolsonaro. Vera disse à Justiça que as afirmações eram mentirosas e que tinham o objetivo de inibir o livre exercício da profissão de jornalista e cercear a liberdade de imprensa. Como apresentadora do Roda-Viva, a jornalista é contratada pela Fundação Padre Anchieta, que é custeada por verbas aprovadas pela Assembleia Legislativa e por recursos publicitários obtidos junto à iniciativa privada. A fundação tem independência para decidir quem contratar.

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