A colheita do arroz encerrou com uma produção de 7.162.674,9 toneladas no Rio Grande do Sul. Na safra 2023/2024 foram plantadas 900.203 hectares de arroz irrigado, sendo colhidos 851.664,22 hectares que correspondem a 94,61% da área semeada, com uma média de produtividade de 8.410,21 Kg\ha. Os dados estão no Relatório Final divulgado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). 

Ainda estão em processo de colheita 1.548 hectares (0,17%). Com as enchentes registradas no Estado, foram perdidos 46.990,59 hectares, que correspondem a 5,22% da área semeada, e se concentram principalmente na região Central do Estado. Esses dados são levantados semanalmente pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) do Irga, junto aos produtores gaúchos, distribuídos pelas regiões arrozeiras do Rio Grande do Sul. 

Na safra 2022/2023 foram plantadas 839.972 hectares, com uma produção total de 7.239.000 toneladas. 

O presidente do Irga, Rodrigo Machado, salientou que o Rio Grande do Sul responde por 70% da produção nacional do grão. “Os dados dessa safra comprovam o que Irga já vem manifestando desde o início do mês de maio, que a safra gaúcha de arroz, dentro da sua fatia de produção no mercado brasileiro, garante o abastecimento do país e não há, tecnicamente, justificativa para a importação de arroz no Brasil”, garantiu Machado, ao avaliar que os números são muito similares ao da safra passada. 

De acordo com o secretário interino da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Márcio Madalena, os dados apontados nos relatórios superam inclusive, com pequena margem, as estimativas que havia antes das enchentes. “O que nos dá segurança para manter posicionamento de que nunca houve justificativa técnica que comprovasse a tendência de desabastecimento de arroz no Brasil, em função da calamidade pública do Estado”, afirmou.