Existem cerca de 600 escolas estaduais localizadas em áreas rurais no Rio Grande do Sul. O trabalho da Educação do Campo, realizado pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc), visa ofertar um ensino de qualidade, respeitando a regionalidade, as potencialidades e a cultura de cada região.

Ainda mais na Fronteira Oeste do Estado, local tradicionalmente conhecido pelas grandes extensões de terra e pela distância entre os perímetros urbanos, não falta dedicação e empenho de diretores e professores para garantir o acesso dos estudantes às Aulas Programadas.

Só na área da 10ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), são nove escolas rurais, sendo quatro em Uruguaiana, três em Alegrete, uma em Itaqui e uma em Manoel Viana.

A coordenadora da 10ª CRE, Sara Cardoso, acompanha diretamente o trabalho das instituições de ensino por meio da realização de web conferencias semanais com as equipes diretivas e elogia o trabalho das Escolas do Campo. "Este é um momento de desafio. De experimentar novas formas de ensinar e de fazer gestão escolar. Todos estão de parabéns pelo excelente trabalho, especialmente os diretores das escolas rurais que estão se superando a cada dia", enaltece.

Em Alegrete, a coordenadora pedagógica da Escola Arthur Hormain, Regina Bloglio, conta como está sendo as Aulas Programadas na instituição de ensino. "Acho que este é um momento importante, onde o professor precisa se reinventar. É isso que busco no meu grupo de trabalho. Alguns pais têm e-mail, outros têm WhatsApp no celular e outros não. Para aqueles que não têm, nós nos preocupamos em imprimir todo o material de aula. Por isso, fazemos reuniões semanais entre os educadores para criar caminhos que facilitem o acesso ao conteúdo e garantam o bem-estar dos alunos e das famílias", explica.